Projetar um escritório para pessoas vai muito além de colocar mesas e cadeiras em um determinado espaço. Com isso você pode atender as necessidades físicas das pessoas, mas e as psicológicas?
Sim, precisamos projetar para o “sistema operacional humano”.
E isso envolve a busca constante pelo equilíbrio dentro do projeto. Este equilíbrio é a busca de espaços abertos e interativos com outros espaços mais reservados, que favoreçam a concentração.
É claro que todo o projeto dependerá do tipo de negócio da empresa, mas o ser humano, basicamente, precisa de um sentimento de pertencimento, de um espaço privado, de uma área para ser acolhido, de um lugar para guardar suas coisas.
Parece bem simples, mas na prática um bom projeto de mobiliário corporativo será a diferença entre um espaço com pessoas ou pessoas que se motivam em um espaço!
Ou seja, o projeto de mobiliário corporativo pode interferir no resultado da empresa como um todo. Se for bem elaborado, com foco em pessoas e na dinâmica dos relacionamentos de trabalho, os resultados serão positivos!
E o que motiva as pessoas no trabalho?
Por experiência, podemos dizer que os trabalhadores precisam de uma sensação de segurança, pertencimento (como já dissemos), autonomia, realização, status e propósito.
Principalmente a nova geração não busca apenas um trabalho que lhe garanta sustento, mas também uma atividade que possa lhe garantir bem-estar, algo que vai além de uma mesa e um computador. Com o favorecimento dos recursos tecnológicos e de conectividade, as pessoas podem trabalhar em ambientes diversos dentro da própria empresa, buscando um espaço físico que possa contribuir com seu trabalho, promovendo uma liberdade de concentração e facilidade na interação com os demais funcionários. O sentimento de liberdade de poder escolher o melhor local para realizar uma determinada tarefa é bem produtivo.
Um projeto contemporâneo pode prever espaços com diversas Estações de Trabalho, para as equipes interagirem e compartilharem informações e ideias. Também deve prever espaços mais reservados, com salas de reuniões formais ou até mais informais, onde as pessoas ficam em bancadas, sentadas em banquetas ou até mesmo em pé, para resolver assuntos com assertividade.
Os espaços e o mobiliário devem favorecer esta dinâmica dentro do escritório, promovendo o almejado equilíbrio no projeto corporativo.
Atualmente, com algumas exceções, a maioria das empresas não precisa mais de arquivo para papéis e documentações intermináveis. Tudo fica armazenado no computador, servidor e também nas nuvens.
Desta forma, o espaço físico que era ocupado por muitos arquivos enormes, pode ser reaproveitado com ambientes pensados para as pessoas e esta necessidade de “pertencimento” que elas possuem.
Uma sala de convivência, com mesas de reuniões menos formais, é convidativa para trabalhos criativos e colaborativos.
Uma sessão de sofás, pufes e poltronas dentro da área de staff também favorece um momento de relaxamento, mas que não impede da pessoa estar com o notebook sobre uma mesinha, sentada no sofá, trabalhando para a empresa.
Ambientes que inspiram!
Para isso, é necessário contar com uma empresa e profissionais especializados em projetos de mobiliário corporativo, que vão analisar o negócio como um todo, prevendo a necessidade de salas que favoreçam a concentração e a confidencialidade, ou ambientes totalmente coletivos, que transmitam a liberdade de interação. Ambos ambientes podem coexistir em diversos pontos dentro da empresa.
Tudo será analisado em um projeto muito bem pensado, principalmente nas pessoas que vão passar boa parte do tempo ali.
As grandes corporações estão atentas e procuram criar espaços inspiradores para suas equipes, principalmente entendendo que as pessoas são de gerações diferentes, possuem propósitos diferentes, culturas diferentes, mas possuem algo em comum, a necessidade de “pertencer”, de fazer parte do conjunto de fatores tangíveis e intangíveis que envolvem uma empresa e muitas vezes, uma marca!
Investir em um bom projeto corporativo é investir em pessoas, é investir no futuro da empresa!
Por isso, nada melhor do que um ambiente equilibrado na medida exata para as necessidades psicológicas dos funcionários. Um escritório completamente aberto pode se tornar ineficaz justamente pelo fato de estarmos habituados a ambientes mais fechados, por isso a necessidade de um local de trabalho de maneira equilibrada e não a disputa entre um escritório fechado ou aberto costuma a ser o melhor caminho.
Hoje em dia, existem empresas que apostam em escritórios dinâmicos onde os funcionários contam com determinadas facilidades, como por exemplo: quadras de esporte, salas de massagem, salas de música, entre outros. Claro, os funcionários contam com uma determinada agenda para ser cumprida e por isso, podem unir o útil ao agradável, tornando o trabalho muito mais prazeroso, com aquele sentimento de pertencimento almejado pelas empresas. E existe a necessidade de manter um equilíbrio para que os funcionários interajam entre si dentro da própria empresa, caso continue aquele grupo se reunindo na padaria da esquina é sinal de que para eles, o escritório não está devidamente adequado.
Neste momento, você como empresário diz: mas não é a empresa que tem que se adequar ao funcionário, mas sim o contrário. Sim, seria a resposta mais óbvia nesta questão, mas devemos lembrar que estamos falando de um ambiente equilibrado que valorize o espaço mental do funcionário, resultando em uma maior seriedade por parte do desempenho do empregado.
Sim, mesmo com uma área de lazer dentro do escritório, o funcionário (em linhas gerais) leva o seu trabalho com seriedade, pois ele está comprometido com a empresa.
Não podemos comparar a atual identidade da mão-de-obra de hoje em dia com a década de 50-60, um período em que os grandes empresários impunham tarefas para serem desenvolvidas de maneira repetida. Atualmente, o funcionário encontra uma maior autonomia para realizar o trabalho da melhor maneira possível desde que, traga resultados positivos para a empresa.
Uma área de trabalho devidamente equilibrada pode preencher de maneiras mais positivas as necessidades da empresa do que um andar repleto de cubículos ou mesas abertas (um erro que os escritórios costumam cometer, tentando encontrar um design que atenda todos os funcionários). No entanto, o que importa e traz resultados benéficos para a empresa não é a soma das necessidades em uma só, mas sim, a criação de diversidade no ambiente.
Quanto mais tecnológicos ficamos, mais sentimos uma necessidade de nos sentir “humanos”, mesmo que esta necessidade não seja aparente, no jeito da nova geração de não desgrudar do celular. Estudos mostram que nunca se conversou e escreveu tanto na história, mesmo que seja por um aplicativo de celular.
A sua empresa está preparada para esta forma de criar ambientes com base no equilíbrio, que inspiram as pessoas?
