Os últimos meses foram de muitas incertezas e isso é inegável. Assim que a pandemia de COVID-19 chegou ao nosso país, ninguém sabia muito bem como agir, nem mesmo a comunidade de saúde. Sem compreender completamente como o novo coronavírus se comportava, foram tomadas muitas medidas que iam e vinham. Não foi diferente no ambiente corporativo. Em um primeiro momento, a fim de cumprir o distanciamento social, a maioria das empresas que tinham times administrativos optaram por bloquear as atividades nos escritórios deixando todos trabalharem de casa. Instaurou-se – na marra – a cultura do home office.
Com o trabalho remoto acontecendo, mais dúvidas surgiram. Será que esse modelo será utilizado para sempre e nunca mais as pessoas retornarão ao ambiente corporativo? Será que os escritórios vão desaparecer? Será que agora toda atividade que possa ser feita à distância será feita à distância? Com o passar do tempo, pesquisas também foram surgindo nesse sentido para nos mostrar que o novo modelo de trabalho tem a tendência de ser híbrido. O home office vai existir, assim como o escritório vai permanecer. E para isso, muito investimento em tecnologia, com espaços otimizados para videoconferências, também vai despontar.
Compartilhamos, aqui no Espaço do Arquiteto, diversas pesquisas que foram feitas nos últimos tempos para entender qual é a percepção do empresariado nacional e, também, do trabalhador quanto ao trabalho remoto. E todas elas levam à essa mesma ideia de formato híbrido.
Agora surgiu mais uma pesquisa que valida esse cenário. A Cushman & Wakefield, companhia de imóveis corporativos, fez um levantamento junto a 158 empresas responsáveis por empregar entre 100 e 5.000 funcionários para entender o que elas estavam planejando para o futuro. Compartilhada pela CNN Brasil, a resposta foi: 59% dos entrevistados não têm intenção de reduzir o tamanho de seus escritórios ou ainda não tomaram essa decisão. 37% deles já bateram o martelo: não vão diminuir seus espaços de trabalho.
A pesquisa também traz um dado muito relevante para o mercado de arquitetura corporativa: 69% dos entrevistados pretendem fazer adaptações no espaço para deixá-lo adequado às novas recomendações de segurança, regras de distanciamento e de higiene geradas pela pandemia.
Mesmo as empresas que estão considerando fechar seus escritórios não estão pensando em manter os trabalhadores em tempo integral em home office. Estão migrando para sistemas de coworking, contratando serviços em prédios comerciais para que seus times tenham um local com infraestrutura adequada para trabalhar, se encontrar, interagir e compartilhar ideias.
Isso significa que nos próximos meses deve estourar uma bolha de projetos corporativos, seja para adaptação dos escritórios às novas recomendações de segurança, seja para mudança de prédios comerciais, seja para a ampliação de espaços de coworking. Você, que trabalha nesse setor, está preparado para atender essa alta demanda?
Confira uma seleção de matérias recentemente publicadas aqui no Espaço do Arquiteto sobre esse aspecto: