Vivemos, constantemente, transformações em nosso ecossistema. Hoje encaramos um cenário no qual o planeta Terra implora por ajuda. Despreocupado com o meio ambiente e com a natureza, o ser humano deixou de prestar atenção em uma convivência sustentável e, agora, são necessárias medidas drásticas e providências imediatas para que a vida na Terra siga possível e com qualidade razoável.
Contribuindo com a questão ambiental, arquitetos, engenheiros e designers podem trabalhar de forma muito mais consciente graças a arquitetura bioclimática, uma versão de estudo da arquitetura que trabalha com a projeção de edifícios e construções que consideram as condições do clima utilizando, sempre, menos recursos naturais gerando impacto menor na natureza.
Se você acredita que este é um conceito novo, está enganado. A arquitetura bioclimática vem se aperfeiçoando ao longo do tempo. Analisando de forma breve, antigamente as sociedades romanas já a utilizavam quando pensavam em construir suas residências de acordo com a orientação solar. Isso significa que os romanos já idealizavam suas casas a fim de aproveitar ao máximo a iluminação natural. Esta técnica nós fomos perdendo quando passamos a privilegiar a iluminação artificial, mas agora temos de recuperá-la a fim de economizar recursos e energia elétrica.
Um dos bons exemplos da aplicação da arquitetura bioclimática é a instalação de cisternas e sistemas próprios para utilização da água da chuva aliada a projetos que favorecem a ventilação nas épocas de calor ao mesmo tempo em que promovem conforto térmico nas épocas de frio. São atitudes como essa que reduzem o gasto com energia por limitar o uso de ar condicionado e aquecedor.
Mapa do zoneamento bioclimático – A ABNT criou um mapa que contribui com o desenvolvimento de projetos de arquitetura com foco em sustentabilidade. Neste material, a geografia brasileira foi dividida em oito áreas climáticas. Até o momento temos 330 cidades brasileiras catalogadas de acordo com seu clima.
Para exemplificar, a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, está classificada dentro da Zona Bioclimática 4, que indica resfriamento evaporativo e massa térmica para resfriamento; ventilação seletiva; aquecimento solar da edificação e vedações internas pesadas.