É sabido que o investimento em uma boa iluminação natural no ambiente corporativo amplia a motivação e a produtividade da equipe. Juntamente com uma atuação impecável de profissionais de arquitetura e decoração por meio de um projeto luminotécnico adequado, o espaço pode oferecer ainda mais conforto para os profissionais que ali trabalharão diariamente.
Segundo Letícia Ximenes, arquiteta, é importante conhecer muito bem os revestimentos que comporão a área que conta com entrada de iluminação natural. “O projeto completo da iluminação deve ser concebido juntamente com o layout do espaço, considerando que os revestimentos próximos às janelas, por exemplo, devem ser muito bem pensados. Pisos escuros e com brilho acabam por refletir demais a luz, atrapalhando quem está trabalhando no local”, comenta.
Na hora de escolher o mobiliário, é fundamental também observar seus níveis de reflexo, pois todas as superfícies reagem ao receber iluminação direta. Alguns materiais têm poder de refletir a luz enquanto outros a absorvem ou a transmitem. A laca, por exemplo, reflete muito mais do que uma madeira mais rústica. Ou seja, esta é uma das principais análises pois garantirá que o mobiliário escolhido transmita exatamente as sensações que o cliente anseia.
Esta tabela de recomendações para escritórios adaptada pelo Illuminating Engineering Society of North America (IESNA) complementa a menção de Letícia à necessidade de observar a refletância das superfícies. Para calcular com precisão, recomenda-se o uso da fórmula: luz incidente = transmitância + absorbância + refletância. (Dados obtidos no estudo de Patrícia Winter Chaves elaborado para o mestrado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília).
Além do nível de reflexo gerado pelo material, as cores e as texturas escolhidas também podem interferir na sensação de bem-estar. “Cores e texturas podem iluminar ou escurecer o ambiente e é interessante destacar que não é por que há pouca iluminação natural que devemos pintar todo o espaço de branco. É importante deixa-lo mais claro ao mesmo tempo em que conseguimos suprir a falta de aconchego causada pela ausência de luz solar”, declara a arquiteta.
A maioria dos projetos trabalha com uma mescla uniforme de iluminação natural e artificial. “Há a iluminação indireta, que evita sombras, e a direta que ilumina bastante. Além disso, temos a possibilidade de inserir luzes periféricas e decorativas que deixam o local ainda mais agradável”, comenta Letícia.
Em espaços que obrigatoriamente pedem iluminação artificial para garantir a funcionalidade, o forro de gesso é uma das alternativas mais interessantes, já que por meio dele é possível embutir luminárias e spots.