São inúmeras as mudanças propostas à arquitetura do ambiente corporativo com o objetivo de prover mais motivação e produtividade às equipes. Somadas aos conceitos desenvolvidos pela neuroarquitetura (inclusive você pode entender melhor esse conceito clicando AQUI), essas mudanças visam garantir que o bem-estar dos colaboradores seja refletido em um espaço de trabalho harmonioso onde todos sentem-se confortáveis e, principalmente, saudáveis. Aliás, a saúde é um dos tópicos mais importantes, visto que é comprovado que o ambiente de trabalho tem impacto direto na saúde dos trabalhadores.
Dedicado à análise dos efeitos da inovação nos escritórios e aos impactos no desempenho das organizações, o doutor Theo van der Voordt, que é professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, tem um estudo publicado pelo Journal of Corporate Real Estate em 2001 que, intitulado “Tomorrow’s offices through today’s eyes: Effects of innovation in the working environment ”, questiona se as inovações propostas ao ambiente de trabalho realmente atingiram as expectativas traçadas e se os novos escritórios são realmente mais eficientes e agradáveis de se trabalhar.
Como conclusão, o professor que analisa exatamente o período no qual os escritórios mais modernos começaram a trabalhar ambientes compartilhados, deixando de lado as salas individuais e abraçando o conceito da coletividade, afirma que “graças ao atraente design de interiores e aos avanços das instalações tecnológicas, a avaliação da inovação no local de trabalho tem sido, em geral, favorável em muitos projetos”.
O estudo, que também é assinado por Paul Vos, consultor que atua em um centro de conhecimento e pesquisas sobre a relação entre homem, trabalho e edifícios, comenta que embora a maioria dos colaboradores não confirmem mudanças em sua produtividade, acreditam que esses conceitos inovadores se encaixam bem ao trabalho e, portanto, não desejam retornar ao antigo formato de escritório.
Lá em 2001, quando o estudo foi publicado de forma vanguardista, já concluía-se que alguns dos aspectos mais positivos das inovações no ambiente de trabalho eram: maior liberdade de escolha para definir onde trabalhar; maior possibilidade de comunicação entre os pares e as equipes; ambiente harmonioso (e até luxuoso); e recursos tecnológicos avançados. Como reflexos negativos e que devem ser amenizados por meio de estudos e análises individuais de cada projeto, foram destacados: perda de concentração; menos privacidade; e sobrecarga e pressão.
Economia e redução de custos – Um dos pontos abordados no estudo diz respeito a inovações que geram economias financeiras às organizações. Na conclusão da pesquisa, os estudiosos afirmam que os espaços flexíveis e colaborativos fazem com que os ambientes sejam usados de forma mais eficiente e, dependendo do número de funcionários que compartilham esses locais de trabalho, a economia pode chegar a algumas dezenas de pontos percentuais. Mesmo que a inovação do ambiente de trabalho venha atrelada ao investimento em mobiliário, projeto arquitetônico e infraestrutura avançada.
O que o estudo define
Como lições obtidas pelo estudo, os especialistas reforçam que não há um modelo padrão que possa ser seguido para a obtenção do sucesso. É indispensável que haja uma sintonia entre cada perfil organizacional e o que está sendo proposto, afinal, cada empresa tem suas particularidades a serem observadas. “Uma investigação sólida sobre as características organizacionais e os padrões de atividade é uma pré-condição necessária para a inovação bem-sucedida”, menciona a publicação.
Como passo a passo para a implementação de inovações no ambiente de trabalho, o estudo pontua:
O estudo completo produzido por Theo van der Voordt e Paul Vos ainda traz muitos detalhes sobre trabalho à distância e outras inovações que foram propostas há alguns e hoje já estão mais inseridas nas dinâmicas corporativas. Há, nesse material, muita informação relevante e interessante para arquitetos e designers que atuam com arquitetura corporativa. Aos interessados, basta clicar AQUI para baixar o estudo (em inglês) e envolver-se ainda mais com todas as inovações que fazem, dos ambientes de trabalho, espaços impactantes na rotina dos trabalhadores.