Biofilia, um termo que foi lançado ao mercado na década de 1980 mas que recentemente vem ganhando peso e destaque nas construções sociais. Quando o biólogo norte-americano Edward Osborne Wilson publicou um livro pela Universidade de Harvard descrevendo a biofilia como uma tendência natural a voltarmos a nossa atenção às coisas vivas, ele já entendia a necessidade que sentiríamos quando nos deparássemos com uma “selva de pedras”.
Representando o amor (philia) à natureza (bio), a biofilia tem total ligação com a arquitetura. Se realmente temos uma conexão emocional com a natureza, é indispensável que
trabalhemos para que todos os ambientes que serão por nós ocupados possam proporcionar esse vínculo de forma genuína.
Essa necessidade de estar em contato com a vida foi o que desenvolveu um outro campo de trabalho: a arquitetura biofílica, movimento que atua para cada vez mais incorporar a natureza dentro de espaços construídos pelo homem.
Divulgado pelo World Green Building Council, um estudo de 2016 afirma que escritórios verdes mantém funcionários saudáveis e felizes, o que melhora a produtividade e aumenta o resultado positivo das empresas. O relatório aponta, inclusive, que o tempo de processamento em um call center melhorou entre 7% e 12% quando os colaboradores passaram a ter acesso à natureza em seu campo de visão.
Publicado pela filial brasileira do Green Building Council, um outro estudo sobre as tendências wellness no ambiente corporativo aponta que o setor de arquitetura e construção está reunindo esforços para introduzir preocupações médicas preventivas no ambiente construído. Para tal, deve implementar recursos para melhorar a qualidade do ar, o conforto térmico e a produtividade nos próximos anos.
Dentre as pontuações do estudo está a biofilia como um dos destaques para empresas que buscam atrair e recrutar talentos, sendo que 55% dos entrevistados afirmaram buscar a inserção de elementos que remetem à natureza dentro do ambiente.
E como a arquitetura corporativa brasileira tem absorvido essa informação? Por meio de pequenas alterações estruturais e decorativas que proporcionam um contato mais amplo do colaborador com natureza viva. E essas alterações podem estar na inserção de plantas diversas nos espaços, incluindo jardins verticais; na ampliação do acesso da luz natural; e na utilização de mobiliário mais rústico e natural. Além disso, é possível trabalhar a aromaterapia a fim de recriar aromas sutis naturais dentro dos escritórios.