Estamos no mês da Copa do Mundo de Futebol, período em que o Brasil ganha ainda mais visibilidade. Tirando a liderança no esporte e a festividade que são típicas do brasileiro, o que mais nos identifica?
Uma pesquisa realizada pelo PewResearch Center em meados de 2014 entrevistou mais de 40 mil pessoas em 37 países e 54% delas disseram ter uma visão favorável sobre o Brasil, o que declara uma certa simpatia do mundo com a nossa cultura. A Personality Atlas criou um mapa de estereótipos e coloca o Brasil, junto à Itália e à Espanha, na “Funlândia”, como referência a um continente onde está o divertimento e onde moram os povos mais carismáticos, animados e apaixonados.
E dentre costumes e tradições, o que mais chama a atenção? O jornal Zero Hora certa vez entrevistou estrangeiros perguntando o que eles mais gostavam nos brasileiros. Como resultado, menções a alegria, bom-humor, cordialidade, afeto, abraço, prazer em servir bem, higiene, e a tradição do compartilhamento, que vai desde compartilhar bebidas até compartilhar sentimentos.
Essa brasilidade, que resume a grande capacidade do brasileiro de se reinventar, também se faz cada vez mais presente nos cenários da arquitetura corporativa. Atrair, para dentro do ambiente de trabalho, todas essas características positivas que os brasileiros têm em seu DNA reflete, naturalmente, no tão esperado escritório humanizado.
Aplicar a tal brasilidade na arquitetura e decoração representa aplicar essa cultura do entusiasmo no mobiliário, na divisão de espaços, na inserção de paletas de cores mais vivas e na aposta de itens artesanais inspirados nas múltiplas referências culturais de um país continental.
Como mencionado acima, essa “mania” de compartilhar que existe no Brasil é uma das coisas mais interessantes dos escritórios modernos. Bancadas compartilhadas, salas de reuniões mais acessíveis, espaços de trabalho para encontros informais e troca de conhecimentos. Tudo isso integra um projeto moderno e que atende às necessidades atuais das gerações Y e Z que chegam ao mercado a cada dia mais interessadas na colaboração.
E aqui está uma grande vantagem do Brasil na área de arquitetura corporativa. As empresas batalham, no mundo, para garantir espaços mais humanizados aos seus trabalhadores e, para isso, precisam mexer tanto na estrutura física do local como na cultura de seu povo. E mudar uma cultura é uma das tarefas mais difíceis para qualquer gestor. Já o brasileiro nasce com essa característica, precisando apenas investir no ambiente e resgatar um pouco do que manda suas raízes e origens.
Pensando em projetos arquitetônicos corporativos, o que pode trazer brasilidade ao ambiente de trabalho? A natureza riquíssima do país pode estar refletida em mobiliário de madeira natural e um bom projeto paisagístico, com muito verde. Já a cultura do contato humano pode aparecer em saletas de reuniões preparadas para o uso comum, espaços de convivência onde o contato homem a homem torne-se mais fácil e instintivo. E a famosa cultura do compartilhamento está na aposta de bancadas amplas e salas com poucas divisórias.
Trazer brasilidade ao ambiente de trabalho não diz respeito apenas a garantir uma estética verde e amarela à empresa, com itens que remetam à nossa bandeira ou diretamente ao que temos no país. Mas absorver e entender como é o ser brasileiro replicando essas características positivas no espaço e garantindo que todos que ali convivem possam colocar a brasilidade em prática no dia a dia.
