Equilíbrio. Talvez seja isso que todo mundo está buscando nessa era moderna. Encontrar um balanço ideal entre a vida pessoal e a vida profissional para uma existência com propósito, porém confortável, menos estressante, produtiva e feliz; bem como conseguir dar a atenção devida a todos os aspectos importantes da rotina, de fato não é uma tarefa simples. Requer empenho, dedicação e disciplina. Mas nem tudo depende única e exclusivamente do ser humano. O ambiente também pode ajudar ou atrapalhar essa trajetória. E é sobre isso que vamos falar no post de hoje!
Como sempre comentamos, passamos praticamente um terço das nossas vidas no trabalho. Então o espaço corporativo tem uma responsabilidade enorme em estimular a saúde, o bem-estar e o equilíbrio!
Quando pensamos em atividades administrativas, existe, inclusive, um método de gerenciamento de tempo muito tradicional e bastante difundido que promete melhorar a produtividade dos colaboradores ao mesclar períodos de concentração com períodos de relaxamento. Chamado de “Pomodoro”, sugere que a cada 25 minutos de trabalho focado, as pessoas parem por cinco minutos para se distrair. Depois de quatro ciclos, o intervalo deve aumentar, variando de 15 a 30 minutos.
Um ambiente corporativo que considera esses processos de produtividade e entende a importância da pausa, precisa oferecer, para os times, espaços onde eles possam, de fato, aproveitar esse momento de distração de forma saudável. Aqui entram inúmeras possibilidades que vão desde copas e cafés atrativos que estimulem a interação, salas mais silenciosas para a prática de meditação, a espaços com jogos, jardins e áreas externas que permitam o contato com o ar livre.
Outro ponto interessante está em encorajar que o trabalhador realmente faça uma pausa adequada durante o almoço. Comer um lanche enquanto continua trabalhando não é nada saudável. Um estudo de 2018 repercutido pela revista Forbes dizia que 38% dos trabalhadores norte-americanos não se sentiam estimulados a parar para almoçar. Em contrapartida, quase 90% dos entrevistados confirmaram que o horário do almoço os ajudava a voltar revigorados para mais um período de atividades. Como a arquitetura pode estimular almoços saudáveis? Com bons refeitórios: humanizados, atrativos e aconchegantes.
Aqui vale recuperar mais um cuidado com a saúde e o bem-estar dos colaboradores. Os oftalmologistas sugerem que quem trabalha continuamente com telas (principalmente em ambientes com ar condicionado) faça pausas periódicas para olhar para longe, em distâncias com dois ou três metros pelo menos. Isso porque olhar muito tempo para perto gera um esforço acentuado na musculatura dos olhos, e olhar para longe é uma forma de permitir que eles relaxem. O ambiente também precisa possibilitar isso, onde retomamos a importância das varandas e das janelas.
É fundamental que o arquiteto ou designer de interiores que projeta espaços corporativos direcione o foco para as pessoas que ocuparão as áreas de trabalho. Pessoas precisam de atenção, compreensão, e de suas necessidades básicas atendidas. “Podemos dizer que a arquitetura é uma atividade multidisciplinar, pois além de entender de projetos, precisa obter conhecimentos sobre saúde humana, psicologia, gestão, administração e tantas outras áreas”, comenta Lisandra Mascotto, da RS Design.
