Reinventar o local de trabalho. Esse tem sido um dos grandes desafios do mercado corporativo atual. Mas, por que precisamos mexer nas estruturas que sempre funcionaram? A questão principal é que a sociedade evolui, as pessoas mudam, as necessidades se alteram e o ambiente profissional precisa acompanhar.
Um artigo publicado pela consultoria McKinsey & Company e assinado por quatro especialistas em áreas como inovação, ciências da vida, estratégias profissionais pós-pandemia e oportunidades de mercado lista quatro cuidados importantes que as empresas precisam ter para construir um local de trabalho adequado e, principalmente, saudável nos tempos modernos.
Vamos destrinchar cada um deles a fim de perceber como a arquitetura pode auxiliar!
- Layout alinhado com o propósito da empresa
- Ambientes físicos e virtuais adequados para a estratégia global da empresa
- Ambiente que aproxima empresa, clientes, parceiros e colaboradores
- Aprendizado contínuo que acompanha a evolução
Sempre falamos da importância dos projetos corporativos serem totalmente individualizados conforme a cultura e os objetivos dos clientes. Por isso sabemos – e reforçamos – que não há uma receita de bolo pronta para ser seguida para qualquer projeto. O ideal é sempre compreender o core business da empresa, analisar como é a dinâmica de trabalho, a rotina dos ocupantes e, só então, planejar a infraestrutura e o design do espaço.
O artigo da McKinsey reforça esse pensamento estratégico enfatizando que o propósito da companhia precisa ser identificado e incluído no projeto. Empresas, por exemplo, que buscam mais colaboração entre as equipes, devem priorizar trabalhos in loco e espaços compartilhados, além de cafés, pontos de encontro, salas para descontração e para reuniões rápidas.
Paralelamente, empresas onde os colaboradores estão constantemente em reuniões virtuais com os clientes, precisam de espaços mais individualizados e com estrutura adequada para que um trabalhador em videoconferência não atrapalhe o desenvolvimento das atividades de outro colaborador. Aqui, as cabines são muito bem-vindas!
O trabalho híbrido virou realidade firmada no mercado de trabalho. Mas, depois do “susto” de colocar todo mundo para trabalhar imediatamente em casa (por conta da covid-19), as empresas precisaram parar e se ajustar a essa nova metodologia. Os ambientes físicos e virtuais precisam convergir, ou seja, precisam de integração para o trabalho fluir bem.
Com isso, lembramos novamente da importância de salas de reuniões menores e em maior quantidade espalhadas pelo espaço. Hoje, muitas empresas precisam de mais salas para menos pessoas, pois as equipes internas precisam se reunir misturando quem está presencialmente e quem está em home office. Uma ideia interessante é apostar em saletas menores com divisórias entre elas. Com isso, quando houver a necessidade de uma reunião maior, com um número elevado de participantes, as divisórias podem ser removidas e as salas unidas. Enquanto não houver, as salas pequenas servem para o dia a dia de integração entre o on e o off-line.
Um negócio só é lucrativo quanto todos os atores envolvidos nos processos de trabalho estão em sinergia. Com isso, uma empresa produtiva e motivada, que conquista bons resultados, é aquela que consegue construir um ambiente de trabalho capaz de aproximar todas as pessoas, sejam colaboradores, clientes ou parceiros.
Somente um ambiente flexível é capaz de atender à tantas necessidades distintas. E se o arquiteto planejasse um espaço de trabalho capaz de colocar todas essas pontas para atuar em colaboração? Quantas ideias e projetos interessantes não surgiriam se, em uma mesma sala, tivéssemos a demanda e a oferta pensando em conjunto?
Oferecer um ambiente moderno, com estrutura adequada para a realização de brainstorms e, simultaneamente, um local mais privativo para quando o cliente precisar fazer uma ligação ou uma reunião particular, pode estimular a presença dele dentro da empresa. Aumentar o vínculo é fortalecê-lo!
Ninguém nasce sabendo. Essa é uma grande realidade. E, como dissemos lá no primeiro tópico, os ambientes de trabalho devem ser individualizados de acordo com cada empresa. Se não há uma receita infalível que sirva para todos, devemos aceitar que toda e qualquer mudança precisa ser testada e avaliada.
Para facilitar esse período de testes, o arquiteto pode sugerir ao cliente, por exemplo, a escolha de mobiliários flexíveis que possam ser montados, desmontados e remontados em outro formato. Além disso, existem soluções móveis que podem ser instaladas e removidas com facilidade. Dentro desse contexto estão divisórias, painéis, cabines acústicas e biombos. O importante é estar aberto ao teste. A instalar, observar e mudar se for preciso.
Por fim, o artigo da McKinsey nos leva novamente a compreender que: as empresas precisam da individualização de seus projetos, flexibilidade é uma característica muito importante, aprender com os erros e com os acertos é atitude estratégica e construir um ambiente de trabalho saudável, acolhedor e que reconheça os diferentes perfis profissionais envolvidos no negócio da companhia é indispensável.
