Com tecnologia em mãos, arquitetos podem colher informações de saúde?

Neuroarquitetura

Com tecnologia em mãos, arquitetos podem colher informações de saúde?

O ambiente corporativo é importantíssimo para a construção de uma vida saudável. Profissionais que passam 1/3 (ou mais) de seus dias imersos nas atividades de trabalho precisam de um local adequado para manter a saúde em dia. E aqui nos referimos tanto à saúde física quanto à mental.

Hoje, arquitetos corporativos conseguem reunir muitas informações sobre o comportamento humano e sobre o impacto do espaço físico nos indivíduos. Com a neuroarquitetura (clique AQUI para saber mais sobre esse tema) ganhando força, estudos científicos chegam para balizar decisões na hora do desenho dos projetos.

Mas, agora, a tecnologia permite que esse arquiteto vá ainda mais longe e de forma mais aprofundada. O mercado já disponibiliza equipamentos capazes de monitorar o desempenho cerebral de forma prática e rápida enquanto a pessoa está em determinada atividade.

É o caso do Muse 2, um aparelho que custa cerca de US$ 250 e se resume como um multisensor capaz de trazer em tempo real um feedback sobre a atividade cerebral, os batimentos cardíacos e os movimentos do corpo. Inicialmente desenvolvido para analisar a resposta do ser humano à meditação, já tem sido utilizado pela classe de arquitetos para ler a mente humana dentro do ambiente profissional.

Porém é preciso ligar um alerta: qualquer tipo de análise deve ser interpretada de forma correta, por especialistas. Afinal, estudiosos estão há décadas dedicados a observar o comportamento humano, o impacto das ações e do estresse no cérebro e as consequências de todo esse cenário.

É o caso, por exemplo, do arquiteto e urbanista Richard Georges Aoun que mapeou o cérebro humano utilizando equipamentos portáteis de eletroencefalograma para avaliar os efeitos do ambiente nas emoções (confira esse post clicando AQUI).

Para otimizar esses estudos, a parceria entre a arquitetura e a neurociência tem sido tão proveitosa. Cientistas coletam dados e analisam os resultados dentro de suas expertises da ciência, enquanto arquitetos aplicam esses resultados para melhorar a qualidade de vida, a saúde e a motivação dentro dos escritórios.

Na era da multidisciplinaridade, a junção de expertises, competências e profissões pode transformar desde o formato de construção dos ambientes até mesmo as relações interpessoais. Por isso não se mantenha preso exclusivamente a temática da arquitetura. Esteja aberto à estudos que, mesmo fora da área, contribuam para seus projetos e para a satisfação de seus clientes. Para se inspirar, confira o post “Arquiteto, seja multidisciplinar!” recentemente postado aqui no Espaço do Arquiteto.

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