Quem não precisou se adaptar, não viveu 2020 direito. Brincadeiras a parte, a capacidade humana de adaptação nunca tinha sido tão posta à prova. O novo coronavírus se espalhou rapidamente pelo mundo, pegou todo mundo de surpresa e aqueles que não conseguiram compreender a nova realidade e viver de acordo com ela, sofreram muito mais. Na arquitetura, o impacto também aconteceu, mas não podemos negar que há certo tempo os projetos corporativos já estavam incorporando a adaptabilidade em suas configurações.
Adaptabilidade é, segundo o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), “a capacidade que um indivíduo tem de se adaptar de acordo com as necessidades, situações e circunstâncias. A aptidão de viver em condições diferentes daquelas as quais está naturalmente acostumado”.
Não há dúvidas de que podemos incorporar o termo aos espaços construídos. Há anos vínhamos falando sobre como os escritórios estavam se tornando a cada dia mais híbridos e flexíveis para atender às diferentes necessidades de seus ocupantes. Na pandemia, isso se intensificou e, aparentemente, se consolidou.
Mas quais são as características de um projeto corporativo que considera a adaptabilidade do espaço?
Em primeiro lugar, é preciso compreender as diferentes atividades que serão executadas ali dentro. Independentemente do ramo de atuação da empresa, cada profissional de cada setor tem suas demandas. As atividades às vezes são prioritariamente desenvolvidas em grupos e, outras vezes, individuais. Isso significa que ter espaços pensados para essas duas versões de um mesmo trabalho é indispensável.
Para isso, além das tradicionais salas de reunião para grandes grupos de pessoas, surgiram as pequenas salas para encontros mais informais entre dois ou três colegas de trabalho e os phonebooths próprios para ligações telefônicas ou videoconferências. Reuniões online, aliás, dominaram os últimos meses e se tornaram um “problema” a ser gerenciado, já que as pessoas se mostraram a cada dia mais exaustas por passar tantas horas conversando intermediadas pela tecnologia (temos um post AQUI sobre isso).
Isso sem falar na dinâmica de trabalho. Todos os trabalhadores vão todos os dias para os escritórios? Antes da COVID-19, o home office ocasional já era uma realidade. Alguns dias na semana, as pessoas trabalhavam de casa. E tantas outras também não iam ao escritório pois estavam alocadas em clientes, visitando fornecedores ou em reuniões externas. Isso fez com que a taxa de ocupação caísse e, assim, as pessoas deixaram de ter seus postos fixos de trabalho.
O que também veio a calhar em um momento de pandemia infecciosa onde foi preciso reduzir a densidade populacional dos ambientes para que fosse possível manter o distanciamento mínimo necessário e, assim, evitar a disseminação do novo coronavírus. Aliás, já batemos o martelo de que o home office não vai fazer com que os escritórios fechem suas portas, correto? Se quiser ler mais sobre isso, clique AQUI e veja essa matéria que traz pesquisa mostrando que os trabalhadores gostam (e precisam) dos ambientes corporativos.
Interessante apontar que o espaço físico se adapta às nossas necessidades, e nós nos adaptamos ao espaço físico. É uma troca eficiente. Enquanto o projeto corporativo tende a atender às necessidades do grupo, indo mais a fundo inclusive para compreender que cada profissional tem suas particularidades; esse profissional começa a se adaptar à nova realidade corporativa, ocupando os espaços de forma mais consciente e otimizada, garantindo o uso das diferentes plataformas de trabalho que são disponibilizadas. É um jogo de puro ganha-ganha.
Quer saber mais sobre todos os tópicos que compõem um ambiente de trabalho adaptável? Navegue pelas nossas categorias que você encontrará muito conteúdo sobre isso. Informação não falta!