Temos um novo conceito para debater: o eco brutalismo. Sabe os prédios modernos que mesclam o concreto das fachadas à adesão intensificada de plantas diversas? É exatamente a esse cenário que o eco brutalismo se refere, o contraste entre o cinza e o natural.
Sabemos que optar por um design biofílico nos projetos de arquitetura corporativa ajuda a construir um ambiente de trabalho mais saudável, já que somos seres naturais e precisamos desse contato mais próximo com a natureza. Porém, temos milhares de edifícios construídos antes dessa compreensão (nomeados brutalistas) nos quais prevalecem estruturas maciças de concreto que precisam ser adaptadas a essa nova realidade. Afinal, ninguém sairá demolindo construções ou colocando escritórios inteiros abaixo.
Nas redes sociais, há quem critique esse modelo por se assemelhar a uma “invasão” da vegetação, o que levaria a um aspecto de abandono. Um usuário do X, por exemplo, declarou “eco brutalismo, cenário cheio de vegetação para mostrar o tempo que passou sem a civilização”.
Mas há, também, quem goste dessa tendência, acreditando que abrir espaço para a vegetação é respeitar o ambiente natural e garantir um vínculo que perdemos ao longo das décadas de industrialização. Como disse essa outra usuária do X ao postar “Eco brutalismo é a coisa mais linda que eu já vi”.
Importante destacar que, aqui, não estamos tratando de soluções sustentáveis, que normalmente são dimensionadas na parte inicial de um projeto. Como estamos falando de projetos já existentes, a inserção de vegetação acaba envolvendo o contexto puramente estético (e instagramável).
Diante de tudo isso, para nós, o segredo está no equilíbrio. É possível inserir muita vegetação em um ambiente corporativo – tanto interno quanto externo – sem deixar esse ar de invasão. Para isso, basta apostar em um bom plano paisagístico e contar com ajuda profissional que manterá a composição principal brutalista, com suas formas duras e texturas concretas, mesclada com a humanização de uma vegetação pontuada com equilíbrio para trazer mais vida ao espaço. Esse tipo de intervenção faz com que as pessoas se sintam mais conectadas com o espaço, aumentando o sentimento de pertencimento à empresa.
E assim, o papel da arquitetura corporativa vai além de criar espaços esteticamente agradáveis, se tornando fundamental para o bem-estar e a produtividade das pessoas, e por consequência, para os resultados do negócio.
