IBM quer trabalhadores por perto e esquema híbrido muda nossas percepções

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No escritório, até mesmo a hora do almoço e a pausa para o café são sinônimos de interação e troca de experiências.

Há alguns dias a gigante internacional IBM deu um ultimato aos seus colaboradores: mudem-se para perto de um escritório ou deixem a empresa. Pelo menos foi o que jornais como O Estadão noticiaram. O que aconteceu foi que muitos dos gestores da companhia nos Estados Unidos passaram a morar longe da sede e, com isso, o retorno ao trabalho presencial – exigido pelo menos três vezes por semana – tornou-se um desafio.

Após reconhecer que os encontros promovidos em ambiente de trabalho são fundamentais para o bom andamento dos negócios, a marca estabeleceu que o ideal é que esses gestores morem a uma distância máxima de 80 quilômetros do escritório. Segundo a matéria, o memorando compartilhado com os colaboradores dizia que “a IBM está focada em proporcionar um ambiente de trabalho que equilibra a flexibilidade com as interações presenciais que nos tornam mais produtivos, inovadores e melhor capacitados para atender nossos clientes“.

Esse movimento de retorno ao trabalho presencial vem sendo compartilhado por muitas companhias que entendem que o trabalho remoto pode, sim, ser aliado, mas não 100% do tempo. Que as interações e as relações interpessoais precisam do olho no olho para serem firmadas.

Após essa notícia da IBM, Amanda Graciano, conselheira do Pacto Global da ONU e líder de Operações Corporativas da Fisher Venture Builder, publicou um artigo também no Estado de S. Paulo falando sobre como o trabalho híbrido surgiu e vem se consolidando no cenário brasileiro.

Empresas têm apostado na construção de ambientes mais informais dentro do escritório justamente para promover a sociabilização entre os times.

A executiva enfatiza que “aprendemos a valorizar o contato humano justamente ao sermos privados dele” e sugere que não somente os escritórios precisam mudar para atender a essa nova demanda, mas as cidades também estão em transformação. “As cidades, esses palcos imensos, adaptaram-se para acolher um novo tipo de protagonista: o trabalhador híbrido, que não está nem aqui, nem lá, mas em todo lugar“, diz.

De fato, Amanda tem razão. Tudo está mudando, e o ambiente de trabalho acompanha essas mudanças. Hoje em dia os escritórios pensam muito mais no bem-estar dos ocupantes do que pensavam antigamente. É a era do care-taking, já mencionada NESTE POST. Oferecem ambientes totalmente flexíveis para atender quem trabalha presencial e quem trabalha remoto em uma rotina o máximo possível semelhante. Oferece espaços colaborativos, mas também silenciosos para maior concentração. Atende quem prefere trabalhar em uma estação de trabalho totalmente ergonômica, e quem gosta de trabalhar no sofá com o notebook no colo.

Essa flexibilidade que está sendo tão desejada pelos colaboradores e pesquisada pelos líderes está tanto na cultura da empresa – que tem que adotar esse novo modo de operação – quanto na estrutura, que precisa compreender exatamente quais são as demandas dos times para ofertar o mobiliário e o layout adequado a elas.

É exatamente o que diz Amanda ao finalizar o seu artigo: “A transformação silenciosa dos espaços de trabalho é, na verdade, uma transformação em nós mesmos, na forma como interagimos com o mundo e o que esperamos dele. E assim, passo a passo, vamos desenhando a geografia de um novo amanhã”.

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