Pesquisas e estudos divulgados por renomados institutos mundiais servem de embasamento técnico para a construção de projetos arquitetônicos corporativos focados na humanização e no melhor aproveitamento dos espaços de trabalho.
É por meio desses estudos, que arquitetos e designers tornam-se capazes de entender, mais a fundo, a dinâmica atual dos ambientes corporativos e quais as principais necessidades e desejos dos trabalhadores.
Realizado em 2014 pelo CBRE, líder mundial em serviços imobiliários, o estudo “The EvolvingWorkplace” traz observações importantes para a construção de um escritório modernizado. Segundo a pesquisa, os trabalhadores passam apenas 47% do dia alocados em suas estações de trabalho. Durante a maior parcela do tempo estão trabalhando com seus times em reuniões, encontros ou mesmo por meio de plataformas virtuais.
Isso não significa que as bancadas devam deixar de compor o espaço, mas sim que é preciso apostar em um mobiliário moderno e que contribua com a identidade das empresas. Além, claro, de apostar em diferentes formatos e trabalhar com menos divisórias e mais compartilhamento.
A pesquisa afirma, também, que quando o trabalhador pode escolher o lugar onde vai trabalhar, ele fica 15% mais motivado e satisfeito do que quando é obrigado a sentar-se em uma mesma mesa todos os dias.
“Organizações inteligentes reconhecem a necessidade de prover uma boa experiência para seus trabalhadores criando um ambiente onde eles querem estar, e não somente onde precisam estar. Um ambiente que torne o trabalho mais produtivo e agradável, conectando o time à marca e à cultura da organização”, diz o estudo.
Considerando que os profissionais passam a maior parte do tempo longe de suas bancadas de trabalho, temos a necessidade de compreender que é preciso investir em flexibilidade. Afinal, é improdutivo manter uma estação de trabalho vazia por muito tempo.
O poder da colaboração –Reconhecida por desenvolver estudos altamente técnicos, a Deloitte recentemente publicou o relatório “Global Human Capital Trends 2017 – Rewritingtherules for the digital age”. Com ele, estimula as companhias a repensarem suas estruturas organizacionais a fim de acompanhar o ritmo de desenvolvimento da revolução digital, capaz de transformar completamente a forma como vivemos e nos relacionamos. Participaram do estudomais de 10 mil líderes empresariais de 140 países.
Como resultado, a pesquisa aponta que a grande maioria dos empresários está em busca de modelos organizacionais que privilegiem a natureza colaborativa de suas equipes.Como a arquitetura corporativa pode ajudar esse modelo de negócio?
O ambiente corporativo está na lista de fatores que contribuem para uma experiência positiva dos funcionários. Portanto, esse estudo aprofundado de como torná-lo mais acolhedor é indispensável a qualquer empresa que esteja interessada em se transformar rumo a um novo patamar que está sendo desenhado.
Esse perfil de colaboração vem ganhando adeptos. Com a crescente demanda por encontros virtuais, o contato pessoal está mais valorizado e o ambiente de trabalho pode reforçar essa sensação permitindo espaços mais abertos nos quais as pessoas conseguem manter contato visual e incentivando a interação por meio de pontos de colisão bem planejados (veja AQUI post que falamos sobre isso) e pela inserção de cafés, salas de descompressão, ambiente para jogos e atividades físicas dentro do escritório.
Investir em um ambiente de trabalho flexível, humanizado e colaborativo é a meta. Algumas das maiores empresas do mundo já se atentaram e saíram na frente como, por exemplo, o novo campus do Facebook que é inteiramente personalizado e oferece alas para alimentação, para colaboração e espaços dedicados à prática de exercícios. É a união entre recreação, colaboração e trabalho individual.
E os números apenas reforçam essa teoria: em ambientes colaborativos, 73% das pessoas trabalham melhor, 60% são mais inovadoras e 56% ficam mais satisfeitas. São ou não são dados muito úteis na hora de criar um projeto e convencer seu cliente da importância de se atentar ao desenvolvimento de um espaço humanizado?