Em uma nova pesquisa divulgada em 17 de maio, a renomada consultoria norte-americana McKinsey & Company reforçou: o futuro do trabalho é híbrido. Depois de muitos debates e questionamentos quanto à eficiência do home office e a sobreposição desse formato de trabalho sobre a atuação presencial nos escritórios corporativos, essa pesquisa vem para consolidar o que estava sendo observado. Nem todo dia em casa, nem todo dia no espaço de trabalho. O mercado está despontando para um modelo híbrido de atuação.
Realizada com 100 executivos de setores distintos, a pesquisa traz alguns dados que devem ser considerados. Entre eles, aponta que apenas 3% cogitaram um trabalho integralmente remoto. A grande maioria entende que nesse modelo híbrido, as pessoas devem passar no mínimo 20% de seu tempo de atividade no escritório. Interessante observar que 80% dos respondentes desejam ter os colaboradores por perto entre 21% e 80% do tempo. Considerando uma jornada de cinco dias úteis, isso significa que os gestores esperam encontrar seus times no mínimo uma vez na semana.
Para o setor de arquitetura corporativa, a pesquisa da McKinsey traz outro apontamento relevante. Segundo a consultoria, 36% dos entrevistados disseram acreditar no formato híbrido, mas ainda não estão preparados e com um plano de ação para colocar isso em prática. Com a vacinação avançando, é um excelente momento para abordar essas empresas mostrando que adaptações no layout do espaço podem auxiliar na construção dessa nova cultura híbrida.
Com a queda dos espaços fixos (já que as posições de trabalho se tornam rotativas), o ambiente de trabalho tende a assumir uma postura mais colaborativa, ou seja, com espaços mais abertos, livres e impessoais; além de bancadas dinâmicas, amplas e que consigam prover o distanciamento que permanecerá necessário durante algum tempo para evitar a contaminação. Paralelamente – mesmo lembrando que o layout dos escritórios modernos também incentiva o movimento dos ocupantes – é importante manter espaços com estações de trabalho e cadeiras ergonômicas para que aqueles que precisam permanecer mais tempo sentados não prejudiquem a coluna.
Outro dado trazido pela pesquisa e que se mostra relevante quando o assunto é projeto de arquitetura corporativa está na importância das conexões pessoais. O estudo reforçou que algumas empresas somente conseguiram ampliar a produtividade de seus times durante a quarentena por oferecer a possibilidade de pequenas conexões entre os colegas para discussão de projetos, compartilhamento de ideias, fazer contatos importantes e participar de treinamentos.
A pesquisa conclui esse tópico afirmando: nesse modelo híbrido, as empresas precisarão projetar e desenvolver os espaços certos para que essas pequenas interações possam ocorrer. O que seriam esses espaços? Pequenas salas de reunião espalhadas pelo ambiente, sofás com encosto alto para encontros informais, refeitório que promova a interação, salas de descompressão para quebra da rotina e relaxamento, jardins ou áreas externas que, além de promoverem o contato entre os pares, agregam o contato com a natureza.
Por fim, a pesquisa reforça que há uma necessidade de mudança de cultura para que o novo formato de trabalho se torne realmente eficiente. É preciso mudar a forma de gerir equipes, de contratar, de disponibilizar os times no ambiente e, inclusive, de reconhecer os resultados.
Quer ver tudo isso na prática? Confira a matéria sobre como o Google (claro, tinha que ser o Google) está se movimentando para criar espaços totalmente voltados às atividades híbridas. Clique AQUI.