Todos nós já sabemos que o ambiente construído interfere no comportamento de seus usuários. Espaços podem incentivar a calmaria, ou o nervosismo; a interação ou o individualismo; a criatividade ou a prostração. Portanto, que tal imputarmos esse conhecimento à gestão das empresas para que entendam que projetos arquitetônicos engajadores podem fomentar mudanças corporativas?
Ferramenta poderosa na mão das diretorias, o ambiente precisa mesmo ser muito bem explorado (e cuidado). “Muitos empresários querem mudar algo que não está fluindo tão bem, motivar a equipe e promover alterações na forma de trabalhar, mas não sabem muito bem como agir. Um dos problemas pode estar no fato de que, por vezes, eles atribuem toda essa expectativa de mudança ao departamento de Recursos Humanos”, diz Lisandra Mascotto, da RS Design.
Claro que os profissionais focados em gestão de pessoas têm um papel indispensável na construção de uma nova cultura, mas eles também podem ser beneficiados pelas mudanças de infraestrutura dos escritórios e pela atuação conjunta com o time de facilities.
Quando bem alinhado ao propósito da empresa, um projeto corporativo consegue representar muito bem uma marca. Para isso, precisa ter embasamento em estudos e evidências que demonstrem quais os estímulos que podem ser provocados por mudanças no layout. Tudo isso, claro, sempre em conjunto com os departamentos de Recursos Humanos e Facilities!
“Empresas que comunicam o que realmente são, conseguem uma multiplicação da sua imagem tanto interna quanto externamente”, relata Lisandra. Na opinião da especialista, o espaço de trabalho precisa condizer com o que a empresa pensa, como ela age e o quais sentimentos quer despertar nos outros (sejam colaboradores, parceiros ou clientes).
E, quando a empresa está passando por uma fase de mudança, esse mesmo espaço precisa acompanhar sendo, inclusive, uma espécie de fomentador da transformação que se espera tanto nas pessoas quanto nos negócios.
“Se um empresário vem conversar comigo e diz que precisa ‘dar um up’ na sua equipe, eu digo que mudar o ambiente é o melhor engajamento natural que se pode ter”, finaliza Lisandra.