A edição de fevereiro da revista Época Negócios deu destaque à uma ampla matéria sobre neuroarquitetura e a influência dos ambientes de trabalho na vida e no desempenho dos colaboradores. Com participação da especialista no tema, Priscilla Bencke, arquiteta da Qualidade Corporativa | Smart Workplaces, o texto traz diversas informações valiosas para quem projeta ambientes de trabalho e está diariamente envolvido com essas questões.
“Como projetistas e arquitetos corporativos podemos nos colocar, hoje, em um papel mais participativo. Podemos vestir a camisa das empresas, ser mais parceiros para então criarmos ambientes muito mais assertivos”, comentou Priscilla durante uma transmissão ao vivo realizada no canal da Smart Workplaces nas redes sociais.
Durante o vídeo, a especialista aproveitou a oportunidade para explicar com mais detalhes alguns dos pontos que foram abordados na matéria da Época Negócios. “Trabalhamos ao longo de um mês junto aos editores da publicação para consolidar essas informações”, pontuou. A revista aponta os pontos importantes – na visão de Priscila – quando falamos sobre ambientes corporativos: saúde no ambiente de trabalho, conforto acústico, conectividade, flexibilidade, coerência e elementos naturais (biofilia). Clique AQUI para saber mais sobre biofilia.
“Os ambientes que devem se moldar às pessoas, e não o contrário. Não é o trabalhador que deve tentar se acomodar à uma cadeira que não lhe oferece a postura adequada. Não é o trabalhador que deve, no meio do barulho, buscar um fone de ouvido para conseguir se concentrar. A solução tem que vir do ambiente que tem que ser projetado para atender às necessidades das pessoas”, comentou Priscilla reforçando que o mobiliário também deve estar totalmente adequado à sua utilização e lembrando que se as cadeiras têm regulagem de altura, as mesas também deveriam ter.
Como argumentar com os clientes – Uma das grandes dificuldades atuais dos arquitetos corporativos é argumentar com os clientes a importância de se projetar para pessoas. Durante a transmissão ao vivo, Priscilla sugeriu que os arquitetos e designers utilizem cases bem-sucedidos como argumentos com novos clientes. Além disso, é possível colocar todo o peso da neurociência nessa argumentação. “Tomo minhas decisões de projeto baseadas em pesquisas neurocientíficas. Temos que ter a sensibilidade de pegar esses dados e trazê-los para o nosso negócio. E essas pesquisas nos mostram números e resultados ótimos para utilizarmos no nosso contato com os clientes”, esclareceu.
Época Negócios – A edição da revista Época Negócios que traz esse vasto material sobre arquitetura corporativa ainda pode ser encontrada nas bancas, mas também está disponível para visualização online no aplicativo Globo Mais. A matéria intitulada “Bem-vindos ao Office-Home” afirma que depois de manter todo mundo junto e misturado em ambientes abertos, as empresas descobrem que o escritório mais eficiente é o que combina áreas comuns e fechadas e que é ainda mais proveitoso se o ambiente tiver um clima de casa.
Isso tudo deve ser planejado sempre após uma análise criteriosa sobre a cultura da empresa, mesmo que haja consenso de ser fundamental estimular o trabalho colaborativo ao mesmo tempo em que se respeita o privado.
Segundo mencionado na própria revista, hoje não é mais interessante debater se devemos investir ou em ambientes totalmente abertos ou em locais mais fechados, uma polêmica que já está ultrapassada. A questão primordial na arquitetura corporativa moderna está em como utilizar o layout dos espaços para estimular a criatividade, a motivação e a produtividade das equipes. Hoje em dia o design dos escritórios está muito mais voltado à estratégia da companhia do que à sua identidade visual unicamente. Planejar a arquitetura do escritório é uma ação que visa transformar todos os espaços disponíveis para utilização dos trabalhadores em locais focados em geração de resultados positivos.
E essa transformação pode estar aliada às necessidades específicas de cada empresa. Aí está a importância de conversas transparentes entre cliente e arquiteto para que a construção do espaço realmente reflita em locais que agregam pessoas felizes. Nesse momento que a ideia do “office home” trazida pela Época Negócios ganha força. Ao promover, na empresa, sensações similares às obtidas dentro das residências, não há como não melhorar o clima organizacional.
Na publicação também é possível encontrar informações sobre o poder dos novos escritórios, uma linha do tempo com a evolução do ambiente corporativo – que vai desde o modelo taylorista da primeiras décadas do século 20 até a atualidade que aposta no layout como ferramenta – e dicas do que faz um ambiente ideal (como luminárias de mesa, luz natural, monitores colocados perpendicularmente às janelas para evitar reflexos, apoio de pés, vegetação e elementos naturais para garantia do bem-estar).
O Espaço do Arquiteto tem inúmeros posts que tratam sobre neuroarquitetura (clique AQUI para saber mais a respeito desse tema). Para acessar a galeria completa com esses textos, acesse ESTE LINK.