Neuroarquitetura, termo popular para a neurociência aplicada à arquitetura, é assunto recorrente aqui no Espaço do Arquiteto. Isso porque realmente acreditamos que o ambiente construído impacta (e pode até moldar) o comportamento humano. É muito interessante e recompensador planejar estrategicamente os ambientes, considerando cada impacto nas pessoas que ficarem ou transitarem por eles.
Estudo publicado pela Universidade da Califórnia (EUA), traçou uma visão geral da neuroarquitetura e aponta que os países que mais produzem conteúdo sobre o assunto são Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Itália, Canadá e Alemanha. Isso significa que ficar de olho nasnovidades lançadas por essas nações pode ampliar consideravelmente nosso conhecimento. Mas países em desenvolvimento, que inclusive refletem melhor à realidade brasileira, também produzem conteúdo valioso. Nesse caso, podemos direcionar nossa atenção a Irã, Turquia e México.
Outro apontamento do estudo diz respeito às publicações científicas. Hoje, alguns periódicos importantes estão na lista dos que mais publicam estudos sobre neuroarquitetura. Listamos alguns deles abaixo e guardar esses links pode ser bem interessante:
Agora uma dica importante sobre quais termos e palavras-chave buscar na hora de pesquisar nesses (ou em outros) periódicos científicos: memória, cérebro, arquitetura, hipocampo, respostas cerebrais, neurociência, neural, EEG, realidade virtual, ambiente construído e estresse. Lembrando que a busca, quando feita em inglês, costuma ser mais certeira. Mas, se você não fala inglês fluentemente, não se preocupe. Hoje em dia os tradutores dos navegadores que usamos no computador são muito eficientes e entregam o estudo traduzido perfeitamente com um clicar do mouse.
Quem quiser se manter atualizado sobre o impacto do ambiente construído na humanidade também pode acompanhar diretamente alguns especialistas. Entre eles: Roger Ulrich, Marc G. Berman, Anjan Chatterjee. Já Eleanor A. Maguire, Moshe Bar, Karl Friston eNeil Burgess dedicam parte de suas vidas acadêmicas à mapas cognitivos, percepção espacial e navegação. Note que linkamos, nos nomes, o conglomerado de pesquisas por eles publicadas e identificadas pelo Google Scholar.
O Roger Ulrich, por exemplo, tem um estudo recente sobre o ambiente construído e seu impacto nos resultados de saúde e nas experiências dos pacientes e outro que aborda a relação do homem com a vegetação nos ambientes urbanos.
Aqui no Espaço do Arquiteto sempre trazemos estudos científicos e seus resultados, resumindo um pouco do que os pesquisadores estão trabalhando. Mas há infinitas possibilidades e, com esse post, nosso objetivo foi traçar mais caminhos para que arquitetos e designers que também trabalham sob os preceitos da neuroarquitetura encontrem estudos e pesquisas para fundamentar seus projetos.Apresentar uma proposta repleta de evidências científicas sobre o que estásendo sugerido, aumenta e muito a credibilidade.
Salve os links que listamos acima nos seus favoritos e, periodicamente, verifique o que eles trazem sobre neuroarquitetura. E aproveite para acompanhar ainda mais de perto o Espaço do Arquiteto. Conhecimento não ocupa espaço! Bons estudos!