O que deve ser evitado na arquitetura corporativa atual

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Aqui no Espaço do Arquiteto, sempre damos dicas sobre quais estratégias adotar para garantir um ambiente de trabalho com uma arquitetura agradável e que promova a saúde e o bem-estar dos colaboradores. Hoje seguiremos por um caminho diferente. Conversamos com Lisandra Mascotto, da RS Design, e criamos uma lista de quatro pontos que devem ser evitados para ganhar assertividade na construção dos projetos. Vamos lá!

Nessa sala da Datab montada com mobiliário da RS Design, a incorporação de um mural verde contribuiu com a boa sensação dos colaboradores.

Evite espaços muito neutros – Opte por aqueles alinhados com as necessidades humanas, como o contato com a natureza. Ambientes precisam de vida e nada melhor para isso do que utilizar as estratégias da arquitetura biofílica. O ser humano faz parte da natureza e exigir que os trabalhadores permaneçam ⅓ dos seus dias em locais construídos sem qualquer similaridade com o ambiente natural pode aumentar o estresse. A solução é aderir a estratégias como aplicação de plantas e verde no geral, som de água corrente, texturas naturais e tons terrosos. “Também podemos aderir, sempre, à aquisição de mobiliário mais orgânico, ou seja, com mais curvas, madeira e tecidos como o linho, principalmente nas áreas sociais”, comenta Lisandra.

Neste case da RS Design, a empresa Endress+Hauser optou por ter um ambiente aberto e, ao fundo do espaço, sofás com encosto alto para momentos de maior privacidade entre os pares.

Evite fechar os ambientes – Hoje em dia é sabido que o contato com os pares não prejudica a produtividade, mas sim aumenta. A troca de experiências, de conhecimento e de ideias é favorável aos bons resultados da companhia. Mesmo que a empresa opte por manter as estações tradicionais de trabalho, é interessante promover espaços colaborativos e dedicados à interação. Para isso, áreas como o refeitório, as pequenas salas de reunião e ambientes com sofás e pufes podem ser bastante úteis.

A Barroso Advogados, por exemplo, precisa de uma sala de reunião mais ampla para os encontros entre os sócios. Na imagem, projeto montado com mobiliário da RS Design.

Evite fazer um projeto desconectado com a cultura da empresa – O desconhecimento de como a empresa funciona é o que mais atrapalha a elaboração de um bom projeto arquitetônico corporativo. “Ainda nos primeiros contatos com o cliente, o arquiteto precisa fazer todas as perguntas necessárias sobre o dia a dia da companhia para, então, poder pensar nas melhores soluções”, diz Lisandra. A especialista complementa dizendo que “salas amplas de reunião, por exemplo, ainda se justificam em determinadas empresas. Porém, sempre é possível optar por salas menores com possibilidade de incorporação de mais assentos por meio de pufes ou bancos para reuniões pontuais com mais pessoas. Mas tudo dependerá da necessidade e do tipo de atividade que trabalharão no local, lembrando que a cultura será sempre soberana sobre a forma de pensar no projeto e na escolha do mobiliário”.

Ainda pegando o exemplo de desenvolvimento de salas de reuniões para uma empresa, entre os questionamentos que precisam ser investigados estão: o número de colaboradores, quantos deles utilizam diariamente a estrutura da empresa, qual o modelo de trabalho atualmente adotado, se costumam se reunir em grupos pequenos ou grandes, quanta tecnologia é utilizada na rotina de trabalho, quantas reuniões (e qual o quórum dessas reuniões) acontecem por semana, qual a idade média dos colaboradores e se há diferentes gerações atuando em conjunto, se a empresa costuma receber clientes e parceiros, qual o nível de criatividade que as equipes necessitam, qual é a identidade da marca da empesa, etc.

Aqui temos uma sugestão de ambiente com mobiliário da RS Design que traz uma parede de pufes. Essa pode ser uma boa alternativa para áreas de reuniões mais enxutas que conseguiriam, periodicamente, amparar grupos maiores.

Evite criar ambientes rígidos – Flexibilidade é a chave do bom escritório hoje em dia. E essa flexibilidade também é obtida ao fazer boas escolhas de mobiliário. Peças que conversam melhor entre si, que podem ser montadas e remontadas em diferentes layouts, que atendem às necessidades distintas e que agradem a públicos diversos estão disponíveis inclusive no catálogo da RS Design. “As áreas operacionais podem ter mesas mais retas e cadeiras ergonômicas para ser possível encontrar a melhor forma de ocupação. Enquanto isso, nas áreas mais sociais, os móveis orgânicos e mais fluidos podem ajudar a trazer o equilíbrio”, afirma Lisandra. A flexibilidade também entra na percepção de atendimento às diferentes demandas. Isso significa que é importante ter áreas colaborativas com bancadas compartilhadas, mas também áreas de silêncio com cabines silenciosas, por exemplo.

Por fim, o melhor caminho talvez seja nunca ignorar o fato de que somos seres humanos, seres sociais e seres naturais. Lembrar que os escritórios são feitos por pessoas e para pessoas e que os números nunca devem se sobrepor às necessidades dos colaboradores. Com isso em mente, sempre, os projetos tendem a ser mais atrativos e bem-sucedidos.

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