O que NÃO fazer nos projetos corporativos de 2023

Tendências

* Por Lisandra Mascotto

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Os ambientes corporativos são organismos vivos, estando em constante mudança. Nos últimos anos, inclusive, a pandemia de covid-19 promoveu muitas transformações que impactaram a dinâmica dos escritórios. Para 2023, sabemos que precisamos lidar com o formato híbrido, quando o trabalho se divide entre períodos no escritório e períodos fora dele; conhecemos a Viva Magenta, cor do ano que fundamentará muitas tendências; reconhecemos a importância da promoção da saúde no ambiente corporativo; e nos deparamos com a necessidade da construção de locais cada vez mais flexíveis.

Que tal, agora, falarmos sobre o que NÃO fazer nos projetos corporativos daqui para frente? Com base em tudo o que tenho aprendido ao analisar estudos internacionais, visitar feiras e escritórios renomados, separei alguns pontos que merecem atenção.

Confira, mas lembre-se, sempre, que é fundamental pensar em cada situação de forma única. Sabemos que não existe uma “receita de bolo” para a criação de espaços corporativos. As particularidades do cliente, a rotina dos trabalhadores e as expectativas devem ser priorizadas. Todo o layout precisa estar alinhado à cultura da empresa e ao modelo de negócio.

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Nesse ambiente projetado com mobiliário da RS Design, podemos observar duas salas pequenas, lado a lado, que podem ser usadas para reuniões menores e mais curtas.

1. NÃO montar salas de reunião enormes

Quantas vezes ao mês as empresas precisam juntar muitas pessoas em uma sala de reuniões? E quantas vezes as equipes – compostas por um número menor de pessoas – precisam se reunir para debater estratégias e atualizar o andamento dos projetos? O que vem acontecendo hoje em dia é que salas de reuniões menores, para encontros rápidos e com poucas pessoas, têm sido muito mais requisitadas. Portanto, em vez de pensar em uma sala gigante, com aquelas mesas longas e repletas de cadeiras ao seu redor, que tal utilizar esse espaço para construir mais salas menores?

Ainda nessa formatação de layout, a arquitetura pode considerar a construção de salas pequenas com divisórias entre elas, permitindo a remoção dessas divisões para reuniões com mais pessoas. Com o tratamento acústico adequado para que os ruídos de uma não atrapalhem o fluxo de trabalho da outra, esse caminho tende a ser interessante. Outra possibilidade é a empresa ter, à disposição, um local maior para alugar quando houver a necessidade de um encontro mais amplo. Muitos prédios corporativos hoje em dia oferecem auditórios e salas grandes para essas situações.

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Vejam esse refeitório humanizado elaborado com mobiliário da RS Design. Com bastante verde e bem iluminado, o espaço é agradável para as refeições, mas também para qualquer tipo de trabalho individual ou em pequenos grupos.

2. NÃO deixar espaços ociosos

O metro quadrado corporativo está em alta no Brasil, então precisamos aproveitar cada centímetro dos ambientes para o investimento valer a pena. Brincadeiras à parte, observar quais espaços estão sendo pouco utilizados e transformá-los para atrair os colaboradores é estratégico. Um refeitório amplo, usado somente no horário do almoço e, ainda por cima, por poucas pessoas, não é interessante. Ele pode ser reformado para servir, sim, para as refeições, mas também para atividades de trabalho, encontros mais informais, produções individuais ou tarefas colaborativas. Não deixe nenhum espaço em desuso!

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Aqui observarmos um típico espaço de trabalho flexível: temos, à esquerda, espaços acústicos para trabalhos tanto individuais quanto em pequenos grupos; ao fundo, bancadas mais altas para trabalho; e à direita, sofás e poltronas.

3. NÃO engessar a empresa, criar espaços flexíveis

Como comentei no início deste artigo, a pandemia e as novas gerações nos mostraram que precisamos de flexibilidade. Empresas muito rígidas, engessadas, que não toleram bem as mudanças que vão surgindo no meio do caminho tendem a sofrer mais com equipes pouco produtivas e desmotivadas. O ambiente flexível é composto por designs mais funcionais e elementos móveis que otimizam o espaço e atendem à diferentes perfis de trabalhadores. Aposte em mobiliário leve, com rodízios que possibilitem o uso em configurações diversas; estações de trabalho, mas também sofás, pufes e mesas diferentes para quem quiser trabalhar fora de sua bancada; quiet zones para quem precisa de silêncio, e áreas colaborativas para quem quer trabalhar em grupo; e assim por diante.

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Com produtos da RS Design, essas bancadas de trabalho se tornaram muito mais confortáveis no quesito acústica.

4. NÃO permitir que o barulho se torne um problema

O mercado hoje está repleto de soluções acústicas extremamente eficientes e, acima de tudo, com uma estética agradável que ajuda na decoração dos espaços corporativos. Saber identificar que o local de trabalho está ruidoso demais é importante, até porque a ciência já nos mostrou que o barulho impacta nossa saúde de forma bastante negativa. Para sanar essa questão, mesmo em ambientes mais abertos, é possível investir em boas estratégias para conforto acústico utilizando produtos como baffles, painéis, revestimentos e divisórias de mesa. Além disso, a instalação de cabines acústicas pode ser excelente para aqueles profissionais que precisam de extremo silêncio durante um período do seu dia.

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Um espaço de convivência repleto de verde, iluminação natural e vista para o ambiente externo é mais saudável e agradável.

5. NÃO construir um ambiente frio, sem vida

Somos seres humanos, e seres humanos precisam da natureza. A vida sob o concreto, 100% do tempo, não é saudável. Portanto, sempre que possível traga elementos naturais para os ambientes corporativos. Com o design biofílico, os escritórios são fundamentados em aspectos da natureza, contribuindo grandiosamente para a saúde e o bem-estar dos colaboradores. Ambientes integrados que promovam uma experiência direta com o exterior por meio de iluminação e circulação de ar naturais, plantas, paisagens mais verdes e até mesmo a presença de animais (muitas companhias promovem o Pet Day, para que os times levem seus animaizinhos de estimação) são estratégias benéficas. Paralelamente, é possível investir em formatos mais orgânicos (menos linhas retas e mais linhas curvas), texturas tipicamente encontradas no meio ambiente, tons mais terrosos e até mesmo paisagens ilustradas nas paredes.

Por fim, espero ter ajudado com estes pontos para pensarmos sobre o que NÃO FAZER, pois, em contrapartida, acabamos analisando o que DEVE SER FEITO e o que é importante ser levado em consideração (e muitas vezes colocado como prioridade) para alcançar um resultado que torne o dia a dia da empresa mais saudável, atrativo, produtivo e especial. Acredito que, desta forma, estamos pensando estrategicamente nos espaços corporativos, focando no lado humano.

Lisandra Mascotto

* Lisandra Mascotto, da RS Design, é especialista em mobiliário corporativo, tem mais de 25 anos de experiência no segmento e atua com conceitos que estimulam conexões entre as pessoas, por meio do mobiliário, colaborando em projetos corporativos humanizados e funcionais.

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