Fizemos recentemente, aqui no Espaço do Arquiteto, um post que traça a dinâmica de um projeto corporativo e que mostra qual o passo a passo desde o primeiro contato com o cliente até a entrega da obra finalizada. Essa dinâmica é fundamental para que haja transparência e dinamismo na relação entre todos os envolvidos nesta ação (arquiteto/designer, fornecedores e cliente).
Agora, que tal falarmos um pouco mais sobre as principais perguntas que o arquiteto deve fazer ao cliente na hora de pegar o briefing para seu projeto? Afinal, é nessa reunião que todos os objetivos e necessidades do cliente devem ser levantados para que o desenho traga as soluções mais aplicáveis e funcionais, garantindo, assim, o alcance das expectativas. “Entender bem o briefing do cliente é o primeiro passo para um projeto de sucesso”, comenta Lisandra Mascotto, da RS Design.
Partindo deste princípio, o que o designer deve ter em mente na hora de coletar o briefing? O primeiro questionamento é: qual o objetivo com essa mudança de estrutura ou com a montagem desse novo espaço? Entender o que o cliente espera, de forma global, é a primeira impressão que deve ser obtida. É nessa hora que o arquiteto consegue captar exatamente o que o cliente quer com aquele projeto. Não só em questão de estrutura, mas sim de ambientação, de clima e de dinâmica do dia a dia.
Captando bem quais as expectativas do cliente com relação ao ambiente, chega a hora de entender: quem serão e quantos serão os profissionais que ocuparão o espaço? É indispensável que o arquiteto e designer entenda muito bem quais são as atividades desenvolvidas na rotina da empresa. Observe quem são os profissionais, como eles trabalham, quais são seus horários e suas rotinas, que tipo de função exercem, quais as necessidades de cada departamento e qual o tipo de maquinário que utilizam. O maquinário, aliás, é um dos pontos-chave. Saber que tipo de eletrônicos serão utilizados é fundamental para planejar o cabeamento do espaço, evitando que fios permaneçam visíveis. Enfim, conseguir entender exatamente como funciona o dia a dia do escritório é o ponto de partida para que o profissional possa prover o mobiliário adequado e mais funcional, garantindo a produtividade e motivação da equipe em alta.
Quando falamos de uma empresa que está planejando a mudança de um espaço de trabalho para outro, temos outra pergunta fundamental: quais as mudanças que o cliente espera obter entre o espaço atual e o novo local? Ver o espaço antigo garante muito conhecimento para que o profissional de arquitetura desenvolva o projeto. Ali, no dia a dia do escritório, ele consegue entender o que funciona o que não funciona no formato atual. Assim, corrigir os pontos mais críticos torna-se uma tarefa muito mais certeira e prática.
Ainda pensando no briefing para a elaboração de um espaço corporativo, o arquiteto deve considerar também: quais as expectativas futuras da empresa? Existe um planejamento para aumentar a equipe em um futuro próximo? Ou pretende-se enxugar o número de profissionais? Há uma rotatividade alta ou temporal e quais as necessidades de remanejamento? Quando falamos em mobiliário, essas questões fazem toda a diferença. Um mobiliário que é “preparado” para escritório, apresenta facilidades para ser montado e desmontado, conforme a necessidade da empresa. Portanto a qualidade e a tecnologia do mobiliário corporativo devem ser superiores, além da beleza e design do produto.
Em qualquer projeto arquitetônico ou de decoração de interiores, o arquiteto/designer é o grande responsável por indicar o produto correto para seu cliente. No projeto corporativo, essa é uma verdade absoluta, pois a harmonia do espaço interfere diretamente no andamento das atividades da equipe. Quando uma empresa contrata um profissional para planejar o espaço de trabalho, ela coloca toda a sua confiança na expertise daquele profissional, acreditando que terá o projeto que melhor atenderá as necessidades da sua companhia.
Por isso, investir tempo no briefing dedicando-se a coletar o maior número possível de informações é garantia de sucesso no desenvolvimento do projeto e também na entrega de um resultado que supere as expectativas.