Quem frequenta as redes sociais e está sempre presente em grupos de discussão ou mesmo observando os comentários deixados pelos internautas nas páginas relacionadas à arquitetura já notou que o estudante de arquitetura está sempre cheio de questionamentos, medos e ansiedade. Pode ser que esse seja o perfil de todo estudante universitário, mas não podemos negar que o futuro arquiteto e urbanista tem algumas características marcantes. Talvez seja a paixão pela arte ou mesmo o desejo de ser parte integrante de uma cidade que está em constante movimento. Mas que conseguimos traçar algumas percepções facilmente identificáveis entre eles, conseguimos!
1. O pré-universitário ansioso – Uma das dúvidas mais comuns apresentadas em grupos de discussão no Facebook vem do pré-universitário, aquele jovem que ainda está no terceiro ano do ensino médio, planejando seu futuro, e não sabe ao certo se deve partir logo para a universidade, se o melhor é um curso de arquitetura e urbanismo, se deve tentar engenharia ou se antes mesmo de ingressar na vida universitária deve investir em um curso técnico de edificações. São dúvidas sempre recorrentes e que, de fato, não têm uma resposta correta. “É normal que o estudante se sinta pressionado, afinal ainda há aquela perspectiva de que aquela decisão, naquele momento, definirá toda a sua vida adulta. É importante que o estudante não se culpe ao ‘errar na escolha’ e saiba que ele sempre terá uma nova chance”, comenta Letícia Bernovsky, pedagoga.
2. O realista – O estudante realista é aquele que já tem alguma experiência com a área seja por vir de uma família de arquitetos seja por ter trabalhado em algum escritório de arquitetura como estagiário do nível técnico ou na área administrativa. Em sala de aula, ele é sempre o primeiro a desmantelar os sonhos da construção perfeita listando todas as burocracias, os imprevistos e as negativas dos clientes. Chega a ser o pessimista da turma e é o estudante que faz com que todos os outros enxerguem, na marra, que a arquitetura não é um mundo perfeito.
3. O artista inspirado – Aquele estudante que odeia as aulas teóricas e se liberta nas aulas de desenho. Está ali principalmente para expor sua arte e se dedicar à criação. Não gosta de toda a parte burocrática e administrativa e reclama a cada aula de cálculo de surge, a cada prova de geometria. Mas é só sorrisos ao encontrar o professor de desenho artístico pelos corredores do centro acadêmico. “É muito comum as pessoas iniciarem um curso tendo, como base, apenas uma característica ou gosto inicial. No caso da arquitetura, por exemplo, muitos acabam escolhendo este curso por gostarem de desenho, mas ignoram que um estudo arquitetônico depende muito das ciências exatas”, diz Letícia.
4. O tecnológico antecipado – Esse estudante chega à universidade dominando todos os programas de renderização e desenho. Tem domínio do SketchUp, está bem familiarizado com o Revit, domina o SimLab e sabe mexer no AutoCAD desde sempre. Chega na primeira aula já se sentindo em casa até que começa a perceber que tudo o que ele aprendeu autodidaticamente na web jamais substituirá os quatro anos de estudo intenso em arquitetura.
E você, que está nesse momento em sala de aula? Se identifica com alguns desses perfis? E quanto a você, arquiteto, esse post te fez relembrar o tempo de universidade?
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