A arquitetura corporativa é uma profissão multidisciplinar e exige muitas habilidades que ultrapassam a arte de desenhar projetos. Um arquiteto para atuar em projetos de empresas precisa entender de gestão e de modelos de negócios. Isso porque, para planejar espaços de trabalho, o profissional precisa compreender como as equipes desempenham suas atividades, como atuam as lideranças dentro daquele ambiente, qual o modelo de trabalho adotado pela companhia, se há uma verticalização ou se a empresa se mantém horizontalizada, e se ela vem adotando o padrão híbrido que despontou após a pandemia de covid-19.
Essa base teórica – que pode ser adquirida de diferentes formas – é essencial para que a primeira conversa com a empresa que busca uma solução arquitetônica seja produtiva. Conhecendo os diferentes perfis empresariais, o arquiteto conseguirá conversar de igual para igual com a direção, as lideranças e as equipes de trabalho sobre as demandas da companhia, etapa fundamental para a criação de um projeto adequado e capaz realmente de atender às necessidades daquele time.
Para aprender sobre gestão, o profissional de arquitetura pode investir em capacitação dentro de vários modelos disponíveis, hoje, no mercado educacional.
O SENAC, por exemplo, disponibiliza cursos livres (inclusive no formato à distância) sobre desenvolvimento de equipes, ferramentas de planejamento e gestão empresarial, posicionamento de marca no mercado, planejamento estratégico e tomada de decisão no ambiente organizacional. Há, também, ainda no SENAC, pós-graduação específica sobre gestão empresarial, um curso que apresenta os pilares da gestão e oferta conhecimentos importantes acerca do setor privado por meio de uma visão holística sobre como gerir uma organização.
Há, também, as instituições educacionais focadas em gestão, como a FGV, que oferece um MBA Executivo com disciplinas voltadas a temas gerais da gestão empresarial e, ainda por cima, possibilita uma boa rede de relacionamento.
Para os autodidatas, existem outras maneiras de aprender sobre o mercado empresarial. Ler é sempre uma boa pedida e existem muitos livros disponíveis sobre o assunto, a exemplo do “Estratégia Competitiva“, do Michael E. Porter; do “Manual de Gestão Empresarial“, edição em português; do “Modelo Híbrido“, que trata da evolução na gestão empresarial para eficiência e inovação ágil; e do “Gestão de Alta Performance: tudo o que um gestor precisa saber para gerenciar equipes e manter o foco em resultados“.
Para aqueles profissionais que caíram nas graças das redes sociais, também é possível utilizá-las para o aprendizado. O Linkedin tem uma plataforma de e-learning com os mais variados cursos. Além disso, é sempre bom se manter conectado com gestores importantes do país, acompanhando suas movimentações. Entre as pessoas que valem a pena seguir no Linkedin estão Luiza Helena Trajano, fundadora e presidente da Magazine Luiza, uma das maiores redes de lojas varejistas do Brasil; Max Gehringer, escritor e palestrante focado em carreira e negócios; Bill Gates, fundador da Microsoft ; e Camila Farani, investidora-anjo conhecida por ser uma dos tubarões do programa Shark Tank Brasil.
Por fim, depois de ter uma boa base teórica, é necessário se manter atualizado, acompanhando boas publicações como a Época Negócios, a Você S/A, a IstoÉ Dinheiro, a Exame e a Forbes.
Este conhecimento teórico será um facilitador na captura do briefing junto ao cliente e no planejamento do que irá realmente funcionar para o tipo de negócio para o qual está sendo feito o projeto.
Sabemos que não existe uma “receita de bolo” para projetos corporativos, e sim o que será mais assertivo para cada modelo de negócio, acompanhando a dinâmica da empresa, perfis dos colaboradores e objetivos comerciais. E a arquitetura corporativa é o alicerce de tudo isso!