A busca da arquitetura corporativa por desenhar espaços capazes de impactar diretamente a produtividades das empresas esbarra, de forma automática, no que hoje é chamado de “senso de pertencimento”.
Empresas que reconhecem que o corpo de trabalho é o ativo mais importante para seu sucesso sabem como é fundamental trabalhar todos os contextos, e amarrar todas as pontas, para garantir a satisfação profissional de cada membro do time. E para conquistar essa motivação e esse engajamento tão sonhados não há como fugir do importante trabalho estratégico na hora da construção do espaço.
Você sabia que essa sensação de pertencer a um time, a uma empresa e a uma cultura é o que mais gera felicidade no ambiente de trabalho? Pelo menos é o que diz uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Globo force Work Human e divulgada pelo portal Administradores.com.
Consultando 23 mil profissionais de 45 países, a pesquisa elencou a Experiência do Funcionário em um índice que mede os principais aspectos para a criação de uma experiência positiva do trabalhador.
Como resultado, no topo do ranking está o senso de pertencimento. Profissionais que se sentem realmente parte do time, da empresa, conquistam melhor desempenho, superando as expectativas de seus líderes, e ainda estão menos propensos a pedir demissão. Trata-se de um envolvimento emocional entre o profissional e a marca que ele representa capaz de elevar, de forma bastante significativa, o interesse daquele profissional em melhorar essa marca, tornando-a referência de qualidade em seu campo de atuação.
Acompanhando toda essa tendência, a RS Design também modernizou seu escritório instalado no ABC Paulista. “Fizemos o dever de casa e criamos um espaço de bem-estar e relacionamento para os nossos colaboradores. Isso gerou resultados de satisfação e maior simpatia dos profissionais para com a marca RS Design”, comenta Lisandra Mascotto sobre a reforma que inseriu uma sala de almoço e um espaço de convivência bastante moderno para utilização diária dos trabalhadores.
Segundo o Instituto Brasileiro de Coaching, especialista em líderes e profissionais de alta performance, esse pertencimento organizacional leva a muitas vantagens além do aumento do nível de comprometimento e motivação e ao maior engajamento e produtividade. Leva à ampliação da cultura colaborativa, à melhoria nos relacionamentos, maior sinergia, fluidez e dinamismo das demandas e à maior efetividade no funcionamento dos processos internos. Tudo isso, somado à maior agilidade e eficiência nas atividades e à redução substancial da rotatividade, levam a um ambiente muito mais agradável e conciso para que a rotina seja funcional. E para muitos especialistas da área, o senso de pertencimento pode ser representado por palavras-chave como experiência, usabilidade, disponibilidade, conveniência, consciência e sustentabilidade.
De acordo com essas palavras, como o arquiteto pode trabalhar para melhorar esse senso de pertencimento nas empresas? Tudo o que mencionamos rotineiramente aqui no Espaço do Arquiteto para a humanização dos espaços de trabalho tem peso nessa projeção.
Garantir um bom uso de todos os espaços, otimizando o fluxo de pessoas e trabalhando possíveis pontos de encontro, facilita a comunicação e a integração dos times. Investir em conveniência e disponibilidade, promove a sensação de colaboração e compartilhamento. Tendo o compartilhamento como uma das novas palavras do ambiente corporativo, que está a cada dia mais múltiplo, permitir que todos tenham acesso a todos garante essa sensação de grupo, de família. O que, mais uma vez, leva à elevação do senso de pertencimento.
Ainda dentro do contexto da colaboração corporativa, uma pesquisa da Deloitte afirma que quando há um ambiente de colaboração, 73% das pessoas trabalham melhor, 60% tornam-se mais inovadoras e 56% ficam mais satisfeitas.
Aproveitar melhor os espaços também interfere de forma positiva. Enxergar a empresa como um todo, como um organismo vivo que se movimenta e muda, permite que o arquiteto identifique as reais necessidades daquelas pessoas. Além disso, é preciso pensar no contexto geral da convivência. E uma boa convivência precisa de momentos de descontração. A criação de espaços para relaxamento e de descompressão são ótimos para aproximar os pares e garantir que eles tenham mais acesso uns aos outros.
Colocar-se no lugar do usuário é uma das tarefas que faz com que o arquiteto desenhe seus projetos de forma mais assertiva.O que faz você sentir-se parte do seu grupo de trabalho? Trazer um pouco da sua experiência pessoal para o seu projeto também contribui para que você consiga criar o melhor desenho para que o grupo que ali trabalhará sinta-se “em casa”.