Empresas que prezam por um ambiente corporativo saudável devem incentivar a socialização e, para isso, podem contar com a contribuição da neuroarquitetura, prática que utiliza estudos científicos para traçar projetos capazes de promover a saúde e o bem-estar.
Segundo Priscilla Bencke, arquiteta certificada em neurociência para arquitetura pela Newschool de San Diego, nos Estados Unidos, a socialização é um dos tópicos indispensáveis na construção de um espaço corporativo humanizado(foi o que a especialista apresentou em uma palestra no show-room da RS Design que você pode conferir AQUI). E estudos científicos recentes comprovam essa questão.
Publicado pelo American Journal of Epidemiology, um estudo comandado pela doutora Kassandra Alcaraz alia o isolamento social à maior mortalidade. A pesquisa afirma, inclusive, que dependendo do grau de isolamento o risco de morte prematura pode aumentar em até 84%. A publicação destaca que a falta de contatos afetivos pode gerar inflamações, declínios cognitivos e hipertensão, além de causar certa deficiência no sistema imunológico deixando as pessoas mais suscetíveis a doenças. Especialista em pesquisas sobre a heterogeneidade de populações com altos índices de câncer, a doutora Kassandra usa seu conhecimento para disseminar intervenções comportamentais capazes de melhorar os índices de doenças.
É pensando nisso que hoje os espaços de trabalho mais modernos prezam por instalações sociais, como comentamos inclusive no post “A arquitetura e a construção de relacionamentos”, que você pode ler clicando AQUI. Manter o trabalhador isolado durante as mais de oito horas diárias de trabalho não é positivo nem para o próprio trabalhador, nem para a empresa que terá de lidar com queda na produtividade somada à decadência do clima organizacional.
Hoje existem diferentes formas de praticar uma arquitetura humanizada para incentivar o contato entre os profissionais das empresas. Além das estações de trabalho prioritariamente com divisórias baixas, é possível investir em espaços flexíveis que mesclam diversas características.
A instalação de ambientes mais descontraídos com sofás curvos – que priorizam o contato visual – aliados a poltronas e pufes estimula as pessoas a se reunirem para a troca de ideias e conhecimento, o que é muito interessante para promover a motivação das equipes.
O investimento em arquibancadas também é valioso. Quando o colaborador se depara com um espaço aberto no qual ele pode trabalhar e ainda encontrar outras pessoas de forma rotativa e despretensiosa também contribui para melhorar o ambiente de trabalho.
Essa é uma mudança que vem sendo vivenciada de forma bastante forte nas empresas do Vale do Silício, nos EUA, e que já estão sendo adaptadas de forma muito interessante ao ambiente de trabalho brasileiro. Trata-se de uma mudança que deve partir do projeto arquitetônico que precisa primeiro oferecer os espaços para depois observar a adaptação do grupo ao ocupa-los diariamente.
A sala de descompressão, uma das primeiras mudanças abraçadas pelo corporativismo brasileiro, também segue como sugestão de melhoria. Muitas vezes com espaço para jogos coletivos, estimulam o contato entre as pessoas. É neste tipo de espaço que profissionais que antes mal teriam a oportunidade de se encontrar por trabalharem em departamentos totalmente distintos podem conviver em harmonia contribuindo mutuamente com o desenvolvimento e crescimento da empresa.
Atuando para que as empresas brasileiras promovam ambientes de trabalho muito mais humanizados e saudáveis, a RS Design trabalha com um portfólio de mobiliário corporativo que está integrado à essas tendências. Confira clicando AQUI.