Analisando as reações cerebrais com base nos estímulos do ambiente, a neuroarquitetura (clique AQUI para entender esse conceito) vem utilizando estudos científicos para traçar os melhores projetos de escritórios. Publicado no portal da ANFA (Academia de Neurociência para Arquitetura), um estudo do arquiteto e urbanista Richard Georges Aoun mapeou o cérebro humano utilizando equipamentos portáteis de eletroencefalograma para avaliar os efeitos do ambiente nas emoções. E uma das conclusões deve ser muito bem observada por arquitetos que atuam com a criação de ambientes corporativos: teto muito baixo e pouca entrada de luz natural contribuem com a geração de estresse.
Com o intuito de aprender como o cérebro percebe o design e a arquitetura, a pesquisa explica como interagimos com o espaço e como navegamos por ele, como armazenamos as informações recebidas e como reagimos quando expostos a várias situações. Para tal, utilizou elementos de design que podem ser adaptados a cada projeto: água, altura do pé direito, luz natural, cores e estilos. Esses elementos são capazes de provocar alterações e emoções como engajamento, excitação, interesse, relaxamento e estresse.
Para o experimento, o pesquisador levou os voluntários para ambientes muito conhecidos na Espanha como a Sagrada Família, o Barcelona Pavilion, a Igreja de Santa Maria del Mar, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, o Metro de Barcelona, e o IAAC (Institute for Advanced Architecture de Catalonia). E monitorou suas atividades cerebrais.
Como conclusão, o estudo identificou estresse mediante locais com o teto muito baixo e pouca luz natural, apontamento fundamental para quem está projetando ambientes corporativos. Essa sensação foi percebida, por exemplo, quando os voluntários adentraram o IAAC e se depararam com um ambiente escuro – na qual as poucas janelas existentes estavam com as cortinas fechadas – e com pé direito de 3,5m.
“A relação entre arquitetura e neurociência é entendida em atividades básicas nas quais usamos nossos cinco sentidos para perceber os ambientes. Essa percepção também se adapta à nossa navegação no espaço, e a neurociência mostra como o ambiente físico afeta nossa cognição, nossa capacidade de gerenciar problemas e nosso estado de espírito. A compreensão desses princípios pode guiar os arquitetos na projeção de ambientes que atendam melhor a orientação espacial, reforçando as habilidades cognitivas e minimizando a energia negativa”, diz o texto da pesquisa de Richard Aoun.
Além de definir quais elementos arquitetônicos podem contribuir para a geração do estresse, o estudo mostra que elementos naturais como água e tonalidades esverdeadas são capazes de gerar relaxamento, interesse e excitação. Paralelamente a isso, a luz natural não necessariamente está vinculada à sensação de relaxamento, mas atua em prol do engajamento.
A arquitetura moderna, baseada na neurociência, sobe alguns degraus na escala da assertividade. Unir as capacidades dos arquitetos especialistas em projetos corporativos ao desempenho científico de profissionais altamente capacitados para as análises cerebrais é um diferencial. A RS Design entende a importância da neuroarquitetura e vem trabalhando arduamente dentro desse cenário. Para ler mais sobre esse tema, clique AQUI. Aproveite para entender um pouco mais sobre o que é biofilia e a relação da natureza com o bem-estar
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