A personalização dos espaços para que os projetos cada vez mais atendam às necessidades específicas de cada empresa é mais que tendência, é realidade. E, para tornar essa identificação ainda mais precisa, devemos sempre pensar no tripé arquitetura, cultura empresarial e tecnologia.
Quanto mais alinhado o arquiteto estiver com os setores de Recursos Humanos e Facilities, mais fácil será projetar utilizando ideias que fazem realmente sentido para aqueles usuários. Em conversas de briefing, o profissional de arquitetura e design precisa coletar o máximo possível de informações sobre a rotina da empresa. Entender como ela funciona, o que busca, quais as atividades que desenvolve e como as desenvolve. Isso porque cada companhia tem o seu perfil de negócio desencadeando necessidades pontuais e desejos individuais.
Com a pandemia de covid-19, por exemplo, as empresas passaram a realizar um número expressivo de videoconferências diariamente. Mas como são essas reuniões virtuais em cada situação? O que cada corporação precisa para melhorar essa experiência? É aqui que o profissional de arquitetura entra para entender a necessidade dos ocupantes do espaço e planejar a melhor estratégia para supri-las.
Ainda pensando em videoconferências, o mercado hoje oferece uma infinidade de soluções incríveis. “Temos tecnologia para compartilhamento de conteúdo, para visualização das pessoas em tamanho real, instalação de múltiplos painéis de LED, estúdios para reuniões virtuais, encontros on-line em formato de arena e até mesmo o metaverso, que ganha um espaço considerável nos projetos modernos”, explica Lisandra Mascotto, da RS Design.
Mas será que todas as empresas precisam (e usariam) tudo isso? Provavelmente não. Por isso a personalização é importante. “As necessidades de um advogado que tem de fazer uma audiência virtual são completamente diferentes das necessidades de uma equipe de marketing que está prestes a apresentar uma proposta para um novo cliente”, diz Lisandra.
O que a especialista menciona é que enquanto a videoconferência do advogado exige um local silencioso, pequeno, privativo e bem iluminado, a videoconferência do time de marketing requer telas maiores para melhor visualização do projeto pela equipe, microfones capazes de captar bem o som de todos os envolvidos na apresentação, exímia ferramenta de compartilhamento de tela, entre outros pontos.
Além disso, muitas outras inovações – como o sistema de reserva de espaços e salas de reunião – também vêm sendo melhoradas e usadas para monitorar espaços e entender quais são as soluções que fazem mais sucesso e são mais requisitadas. “Esse tipo de monitoramento é excelente para nos mostrar o comportamento do usuário, permitindo que desenhemos projetos cada vez mais assertivos”, complementa Lisandra.
Por fim, o importante é sempre lembrar que o tripé arquitetura, cultura empresarial e tecnologia funciona em perfeita sincronia. Para o desenvolvimento adequado de um projeto, o arquiteto precisa conhecer a cultura do cliente e saber aplicar as tecnologias disponíveis, entregando as melhores soluções para a dia a dia das equipes.
