Quando você se imagina em um ambiente construído extremamente agradável, confortável e aconchegante, que tipo de estratégias vêm à sua cabeça? Faça essa breve análise e continue a ler esse texto, pois falaremos sobre wellness design (ou design de bem-estar, na tradução livre para o português).
Como ponto de partida, temos uma publicação do portal Architectural Digest onde três especialistas listaram quatro tendências de wellness design que vieram para ficar:
- Sustentabilidade por todos os ângulos
- Conexão natural
- Luz como terapia
- Tecnologia bem pensada
Focando no ambiente corporativo, a que tipo de solução essas características nos remetem? Vamos detalhar agora mesmo!
Sustentabilidade
O quesito de sustentabilidade é muito amplo. Aqui, existem inúmeras vertentes a serem trabalhadas, mas todas partem do princípio de que devemos preservar recursos naturais e cuidar do impacto que causamos diretamente ao planeta durante a nossa existência. Isso significa planejar os fluxos de ar e a iluminação para melhor aproveitar a ventilação e a luz naturais, reduzindo o consumo de energia com lâmpadas diversas e ar-condicionado, mas também apostar em materiais mais ecológicos como a cortiça, o vime, o bambu e o PET reciclado que faz sucesso no visual e no efeito acústico.
Quando uma empresa abraça a causa ambiental, investindo em ações de sustentabilidade, ela ganha reconhecimento perante o mercado – afinal, não podemos nos esquecer de que estamos vivendo a era de ouro do ESG (Environmental, Social and Governance) – e também o respeito das equipes internas que, além de se identificarem com o propósito da companhia, também se influenciam a adotar medidas sustentáveis para suas vidas.
Conexão natural
Quando passamos para a segunda tendência citada no Architectural Digest, a conexão natural, voltamos nossa atenção à biofilia e à nossa necessidade de estar em contato direto com a natureza. A incorporação de espaços verdes, repletos de vegetação, torna o ambiente agradável ao corpo, à mente e aos olhos. Mas não é só isso, como explica Lisandra Mascotto, da RS Design. “Podemos apostar em pufes que imitam pedras, aplicação de seixos, de madeira clara e de material natural – como o linho – nos tecidos. Há, também, a possibilidade de adoção de tons mais terrosos que nos remetem à natureza e tons de verde que reinam absolutos nas paredes, nos carpetes, nos produtos acústicos e até nos móveis. Inclusive, na RS Design, estamos lançando uma coleção completa chamada “Nosso Tempo”, justamente para acompanhar esta tendência”, diz a especialista.
Dentro dessa conexão natural o mercado também vem percebendo uma mudança nas formas. Antes o que era muito mais geométrico se tornou mais arredondado, orgânico e fluido. “Até mesas que eram retangulares ou quadradas estão mais arredondadas, como os modelos da nossa nova coleção”, comenta Lisandra. Isso por a natureza ser muito mais curva do que reta e o ambiente construído, quando reflete essa característica, acaba se tornando mais prazeroso.
Luz como Terapia
Passamos, então, ao terceiro ponto: luz como terapia. O que isso significa? Não estamos nos referindo somente à cromoterapia, que em um ambiente corporativo pode não funcionar como deveria. Mas sim à percepção de que o projeto luminotécnico de um escritório pode impulsionar comportamentos diferentes, alterando o humor dos ocupantes. Nesse caso, o segredo é compreender como melhor utilizar as temperaturas de cor para tornar o espaço ao mesmo tempo aconchegante e produtivo.
Vale utilizar o máximo possível de luz natural, e quando não for possível, fazer uma “simulação” desta luz, até mesmo com o efeito das temperaturas durante o dia, por meio de timers programados. Outra dica importante é o uso de divisórias de vidro para permitir esta passagem de luz por todo o ambiente do escritório, assim o benefício será estendido ao máximo.
Tecnologia bem pensada
Por fim, chegamos à tendência menos natural e mais moderna: a tecnologia. Segundo os especialistas que falaram ao Architectural Digest, a aplicação de tecnologia em um ambiente construído vai muito além do que os olhos podem enxergar. Não basta, por exemplo, ter um sistema de videoconferência perfeito, ou de iluminação e abertura de portas automático. É preciso ir mais a fundo, investindo em tecnologia para purificação do ar (principalmente após a vivência de uma pandemia infecciosa) e aplicação de soluções acústicas.
Porém, aqui, o mais importante é saber escolher que tipo de tecnologia será de fato útil para aquela empresa. “Isso porque é muitas vezes tentador adotar novidades tecnológicas que acabaram de surgir, mas será que aquele cliente realmente vai se beneficiar dela? Nem sempre tudo o que surge agrega valor a um ambiente construído para um determinado fim”, explica Lisandra.
Além disso, existem diversas opções tecnológicas nos mobiliários, atendendo diferentes necessidades. Para áreas de alta produtividade, em que as pessoas precisam trabalhar por várias horas, o ideal são as estações de trabalho com cadeiras de escritório ergonômicas. Já para atividades colaborativas, os mobiliários flexíveis e modulares são muito úteis. No caso de uma videochamada, a cabine acústica, com todos os recursos de exaustão de ar, luz interna e propriedades acústicas, será perfeita. Mesas com regulagens automatizadas de altura, sofás com entradas USB, entre outros recursos indicados para cada perfil de atividade.
Por fim, depois de avaliar quatro caminhos interessantes para construir um espaço focado no bem-estar corporativo, sabemos que o mais importante é entender as necessidades do cliente, conhecer os usuários e seus desejos, para então pensar no projeto mais adequado para cada caso. E vale muito a pena. “Quando o projeto é feito com foco no wellness design, as pessoas percebem que a empresa quer que elas se sintam bem. Isso leva à maior produtividade, saúde e motivação”, finaliza Lisandra.